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Estado de Minas CANNES

Cannes � espera de uma Palma de Ouro de dif�cil escolha


28/05/2022 10:55

O Festival de Cinema de Cannes encerra neste s�bado (28) a sua 75� edi��o com uma escolha dif�cil na mesa, sem um claro favorito para a Palma de Ouro ap�s quase duas semanas de cinema muito diversificado.

A maioria dos 21 filmes que disputam o pr�mio m�ximo aborda dramas sociais ou familiares, denuncia injusti�as ou exibe contradi��es, em um mundo em crise ou resistente a mudan�as.

"Close", de Lukas Dhont, um drama sobre dois adolescentes cuja amizade termina abruptamente, recebeu muitos aplausos perto do final do programa por sua abordagem delicada � homossexualidade emergente.

Tamb�m "As Oito Montanhas", do casal belga Charlotte Vandermeersch e Felix van Groeningen, trata de uma amizade masculina.

O cinema iraniano marcou com "Os irm�os de Leila", de Saeed Roustaee, e "Aranha Santa", de Ali Abbasi, duas formas diferentes de refletir sobre a situa��o das mulheres no mundo mu�ulmano. "Boy from heaven", de Tarik Saleh, escolheu questionar o Isl� atrav�s de um thriller no Egito contempor�neo.

Os pa�ses ocidentais tamb�m receberam sua cota de cr�ticas, algumas em tom sat�rico, como "Tri�ngulo da tristeza", do sueco Ruben Ostlund, j� vencedor de uma Palma de Ouro por "The Square" em 2017.

- O desafio migrat�rio -

V�rios cineastas enfrentaram o desafio migrat�rio em uma Europa em crise. "Tori et Lokita", dos irm�os belgas Dardenne (que poderiam ganhar sua terceira Palma de Ouro), denunciou a situa��o dos menores sem documentos; "RMN", do romeno Cristian Mungiu (j� coroado em Cannes em 2007), alertou sobre o racismo e o extremismo pol�tico.

"Un petit fr�re", de L�onor Serraille, mostra a saga de uma fam�lia migrante africana na Fran�a.

A �sia marcou presen�a com v�rios filmes, ambientados na Coreia do Sul, pa�s que se destacou como uma pot�ncia cinematogr�fica nos �ltimos anos.

"Broker", do japon�s Hirokazu Kore-eda (tamb�m com uma Palma de Ouro), narra o drama de crian�as abandonadas. "Decision to Leave", do diretor sul-coreano Park Chan-Wook, retrata um romance complexo entre um policial e um suspeito de assassinato.

Outros diretores optaram pela introspec��o, pelas lembran�as dolorosas ou nost�lgicas do passado familiar, das amizades perdidas.

"Nostalgia", do italiano Mario Martone, � um retrato desencantado de N�poles sob o controle da Camorra, "Armageddon time", de James Gray, sobre Nova York nos anos 1980 e o racismo.

A francesa Claire Denis ambientou um romance tingido de mist�rio na Nicar�gua em "Stars at Noon". Sua compatriota, atriz e diretora Valeria Bruni-Tedeschi, homenageou a escola de teatro de sua juventude em "Les Amandiers".

O russo Kirill Serebrennikov mostrou em "Tchaikovsky's Wife" a homossexualidade do famoso compositor atrav�s dos olhos de sua esposa. A presen�a no concurso do cineasta, cr�tico de seu governo e agora exilado em Berlim, foi criticada por grupos de ucranianos que consideram que ele n�o deveria participar, em decorr�ncia da invas�o russa da Ucr�nia.

- Cinema ousado -

Fiel � sua tradi��o de abrir novos caminhos, Cannes tamb�m deu oportunidade a filmes experimentais ou de fic��o cient�fica.

"Pacification", do diretor espanhol Albert Serra, ambientado na Polin�sia, mais uma vez dividiu a cr�tica com um cinema de planos gerais e muita ambiguidade.

"Crimes do futuro", do canadense David Cronenberg, propunha um futuro em que o sexo passa por cirurgia, e o polon�s Jerzy Skolimowski surpreendeu com as aventuras de um asno, "Eo".

O festival de cinema mais importante do mundo j� premiou no ano passado um filme ousado e pol�mico, "Titane", uma reflex�o sobre a transexualidade e a rela��o entre seres humanos e carros, assinado por uma mulher, Julia Ducournau.

Este ano, cinco mulheres - o maior n�mero da hist�ria do concurso - aspiram ao maior pr�mio. O j�ri de nove pessoas, liderado pelo ator franc�s Vincent Lindon, dar� o veredicto por volta das 20h30 (15h30 no hor�rio de Bras�lia).

A atriz espanhola Rossy de Palma preside o j�ri da C�mara de Ouro deste ano, para o melhor filme de estreia de um novo diretor, categoria em que participam "El agua", da espanhola Elena L�pez Riera, "1976", da chilena Manuela Martelli e dois filmes colombianos, "Un var�n" e "La jaur�a".


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