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Estado de Minas KUTUPALONG

Refugiada rohingya trans luta para conseguir uma vida digna por meio da beleza


01/06/2022 10:15

Tanya � uma refugiada rohingya transexual e, embora fa�a parte de uma minoria no ber�o de uma comunidade perseguida, n�o abaixa a cabe�a e luta por uma vida digna por meio de seu trabalho como esteticista.

Ela e sua fam�lia fazem parte dos 750.000 rohingyas que fugiram da persegui��o militar em Mianmar e se refugiaram no maior acampamento de Bangladesh, onde h� 100.000 membros desta comunidade mu�ulmana.

Dezenas de milhares de rohingyas vivem em condi��es insalubres no maior acampamento de refugiados do mundo, onde se amontoam em barrac�es constru�dos com bambu, tecido e lona.

Apesar da precariedade, eles se recusam a retornar para Mianmar at� que recuperem seus direitos civis, que lhes foram retirados durante sua persegui��o, descrita como um "genoc�dio" pelos Estados Unidos.

Como a maioria dos rohingyas, Tanya aprendeu seu of�cio como esteticista em uma cidade budista em Mianmar.

"Desde muito jovem, gostava de me vestir e de me maquiar como meninas", conta � AFP. "Minha fam�lia n�o gostava disso. Meus irm�os costumavam me bater. Eles tinham vergonha de mim", recorda.

- "Maldi��o demon�aca" -

Tanya descobriu sua transexualidade nos primeiros anos de sua adolesc�ncia.

"Me diziam que era uma maldi��o demon�aca e um castigo de Al�", relata esta esteticista, de 22 anos.

Ap�s chegar ao acampamento de Kutupalong, em Cox's Bazar (Bangladesh), primeiro ajudou no com�rcio da fam�lia e depois foi contratada em um sal�o de beleza da regi�o.

L�, ganhou a fama "de melhor esteticista do distrito", afirma Salma Akter, uma cliente do sal�o.

Seu trabalho como esteticista representa um par�ntese em meio � sua rotina dif�cil, marcada pela precariedade do acampamento e pelo ass�dio por parte de outros rohingyas.

Embora Tanya ganhe pouco, seu sal�rio � maior do que o da maioria dos refugiados. Isso fez com que ganhasse um certo respeito por parte de sua m�e e irm�os, ainda que n�o reconhe�am sua identidade.

"Minha alma me diz que sou uma mulher. N�o entendo por que os outros t�m problemas com isso", lamenta.

Ap�s sua chegada ao campo de Kutupalong, Tanya fortaleceu seus la�os com os 300 membros da comunidade trans, que sofrem dura discrimina��o.

"Houve v�rios casos de pessoas trans rohingyas sendo brutalmente agredidas", afirma Dil Afrose Chaity, que ajuda pessoas trans rohingyas em Bangladesh. "Elas foram acusadas at� de transmitir o coronav�rus no acampamento", lamenta.


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