Casas destru�das, estradas bloqueadas, ao menos duas pontes colapsadas e muitas comunidades isoladas fazem parte do balan�o devastador que as autoridades do estado de Oaxaca (sul) informaram nesta quarta-feira (1�).
Entre os mortos h� dois menores que moravam em uma comunidade do munic�pio de San Pedro Pochutla, na faixa costeira e por onde passou o centro do ciclone.
Uma corrente de �gua "se desviou, derrubou o morro e levou todos e quase todos morrem (...) junto com meu filho, morreu uma menina de dez anos", disse � AFP Juan Antonio Rodr�guez ap�s sepultar nesta quarta seu fiho de dois anos.
A maioria das mortes e desaparecimentos s�o registradas em comunidades encravadas na montanha, que continuavam isoladas devido ao fechamento de vias e algumas das quais continuavam sem comunica��o telef�nica.
"O rio o levou (...) Quando nos mandaram sair, quer�amos pegar alguma coisa, mas n�o consegu�amos. N�o trouxe um prato, um copo, nem uma muda de roupa, nem nada", disse � AFP Otilia R�os.
Sua fr�gil casa, de telhado de folha e suportes de madeira, � uma das dezenas que foram varridas pelos ventos e as chuvas em Puente Copalita, uma pequena comunidade no munic�pio de Huatulco, perto da costa.
Ao percorrer essa zona, a AFP observou rios transbordados, caminhos fechados por galhos e �rvores ca�das.
Agatha, o primeiro furac�o da temporada no Pac�fico, atingiu a costa mexicana na tarde de segunda-feira nas proximidades de Puerto �ngel, deixando inicialmente apenas danos materiais, mas desencadeando chuvas intensas.
Os primeiros mortos foram divulgados na tarde de ter�a-feira e nesta quarta o governador de Oaxaca, Alejandro Murat, informou que totalizam 11 mortos e 22 desaparecidos.
Inicialmente, o funcion�rio estatal havia relatado 33 desaparecidos, mas depois esclareceu que entre eles estavam os 11 mortos. Al�m disso, indicou que aguarda maiores detalhes dos munic�pios mais afetados.
"Abra�o os familiares daqueles que perderam a vida, desejo que encontremos os desaparecidos quando todas as comunidades puderem ser alcan�adas, estaremos nessa busca", disse o presidente Andr�s Manuel L�pez Obrador em sua coletiva de imprensa matinal.
De acordo com a previs�o do Servi�o de Meteorologia mexicano, h� uma probabilidade de 80% de que em cinco dias os remanescentes de Agatha saiam para o Atl�ntico com potencial de forma��o cicl�nica, o que afetaria principalmente a Pen�nsula de Yucat�n.
- Chuvas persistentes -
Em San Pedro Pochutla, munic�pio por onde passou o centro do fen�meno, foram reportados dois mortos, ambos menores de idade, declarou a prefeita Saymi Pineda ao canal de televis�o Milenio
As fam�lias afetadas "n�o quiseram sair de suas casas por medo de perder tudo e perderam praticamente tudo (...) foram seis horas de �gua e ventos fortes, foi desesperador", relatou.
A respons�vel explicou que uma Zipolite, uma conhecida praia de nudismo, houve uma "perda total" e n�o conseguiram comunicar com a zona cafeeira e serrana do munic�pio.
"Eles tiveram que caminhar 15 horas" para chegar da regi�o serrana at� a �rea municipal, acrescentou Pineda.
A maioria das mortes ocorreu em cidades localizadas nas montanhas, de dif�cil acesso e onde as estradas est�o fechadas.
Murat explicou que h� um helic�ptero pronto no balne�rio de Huatulco para chegar aos munic�pios incomunic�veis, desde que as condi��es meteorol�gicas o permitam.
Oaxaca, um dos estados mais pobres, caracteriza-se pela dispers�o populacional com mais de dois milh�es de pessoas vivendo em comunidades de menos de 2.500 habitantes, muitas nas montanhas. Parte da� a dificuldade de estabelecer um equil�brio preciso, explicou o governador.
Na �rea afetada, soldados e guardas nacionais foram mobilizados para limpar as estradas. Um censo tamb�m come�ou a determinar o n�mero de casas afetadas e um trabalho est� sendo feito para restaurar completamente as telecomunica��es e a eletricidade.
O Servi�o Meteorol�gico do M�xico alertou que os remanescentes de Agatha produzir�o chuvas em uma ampla �rea do sul e leste do pa�s.
As autoridades de Oaxaca e estados vizinhos permanecem em alerta devido �s chuvas persistentes.
Todos os anos, o M�xico sofre com ciclones tropicais nas costas do Pac�fico e do Atl�ntico, geralmente entre maio e novembro.
Em outubro de 1997, o furac�o Paulina atingiu a costa do Pac�fico mexicano como furac�o 4 deixando mais de 200 mortos, sendo os estados de Oaxaca e Guerrero os mais afetados.
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M�XICO
Furac�o Agatha deixa 11 mortos, desaparecidos e destrui��o no sul do M�xico
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