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Estado de Minas NOVI PETRIVTSI

F�brica de p�o resiste em meio a esperan�as de recupera��o na Ucr�nia


02/06/2022 06:07

Bolas de massa atravessam a linha de montagem e um aroma doce enche o ar em uma f�brica de p�o que personifica a determina��o da Ucr�nia e sua tentativa de recupera��o 100 dias ap�s o in�cio da invas�o da R�ssia.

Localizada perto da capital Kiev, a f�brica Tsar-Khlib seguiu com sua produ��o mesmo diante do avan�o das tropas russas e manteve os moradores da cidade alimentados, apesar de um ataque com m�sseis a uma instala��o vizinha.

Tsar-Khlib enfrentou desafios extremos, incluindo o fato de que muitos de seus trabalhadores ficaram presos em territ�rio controlado pelas for�as russas e que a maioria de seus clientes fugiu por seguran�a.

"Mas logo percebemos que t�nhamos que continuar produzindo porque algumas pessoas estavam ficando", disse o diretor de produ��o Anton Paliy, de 43 anos.

Em certo momento, a f�brica chegou a estar a menos de oito quil�metros da linha de frente, at� a retirada das tropas russas da �rea no final de mar�o.

Operando com apenas uma fra��o de seus 800 funcion�rios, a f�brica passou a produzir 16 toneladas de p�o fresco por dia, em compara��o com o n�vel normal de 100 toneladas.

Quando as sirenes de ataque a�reo soavam, os trabalhadores corriam para o por�o. Quando voltavam, encontravam pilhas de p�o fresco bagun�adas do lado de fora do forno.

Segundo Paliy, o som das m�quinas abafava os ru�dos da guerra ao fundo e tornava a situa��o um pouco mais suport�vel "psicologicamente".

- "Fizemos nosso trabalho" -

Localizada a apenas algumas centenas de metros de dist�ncia, a moderna f�brica Shanta n�o teve tanta sorte. A instala��o foi alvo de m�sseis russos em 16 de mar�o, que destru�ram metade do pr�dio.

Olyaksandr Tarenenko, diretor da Khlibni Investizii, empresa propriet�ria das duas instala��es, disse que o ataque foi um "crime de guerra", pois as for�as russas atacaram uma infraestrutura civil.

Um m�ssil derrubado pelas for�as de defesa a�rea da Ucr�nia ainda pode ser visto do lado de fora do edif�cio.

Sua reconstru��o pode ser demorada e cara e, enquanto isso, os 140 trabalhadores da f�brica est�o desempregados.

Mas em Tsar-Khlib, a atividade est� aumentando � medida que os residentes de Kiev retornam � cidade. A demanda "est� crescendo a cada semana", contou Tarenenko.

O Fundo Monet�rio Internacional (FMI) estima que a economia da Ucr�nia ir� encolher 35% este ano, mas partes do pa�s est�o lentamente se recuperando, apesar do conflito em curso no sul e no leste.

Em Kiev e seus arredores, "a demanda dos consumidores est� aumentando, conex�es est�o sendo restauradas", afirmou � AFP o ministro das Finan�as, Sergii Marchenko.

De acordo com Marchenko, o pr�prio retorno das embaixadas estrangeiras estava enviando um sinal ao p�blico de que a capital est� aberta para neg�cios e os moradores est�o voltando para "relan�ar suas atividades econ�micas".

At� mesmo na segunda maior cidade da Ucr�nia, Kharkiv, cujas proximidades ainda est�o sendo bombardeadas pelas for�as russas, h� sinais de alguma recupera��o.

O popular Caf� Crystal, em um parque central, reabriu suas portas no final de abril depois de dois meses, embora o card�pio esteja limitado e a equipe, que era de 30 a 40 pessoas antes da guerra, tenha sido reduzida para sete ou oito.

"Temos que manter os empregos. A cidade est� gradualmente se recuperando. As pessoas querem sair e tomar um caf�. Depois de ficarem em abrigos antia�reos, querem viver um pouco", declarou Alyona Kostrova, a gerente.

Em Tsar-Khlib, a produ��o subiu para 50 toneladas por dia e Paliy disse que pelo menos sentiu algum conforto em "sentir-se �til nesses tempos dif�ceis".

"N�o � que eu queira uma medalha, mas fizemos nosso trabalho, ajudamos as pessoas", afirmou. "E vamos continuar a faz�-lo."


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