"N�o devemos esperar nenhum resultado efetivo para um problema que continuar� pesando em nossas sociedades e nas rela��es hemisf�ricas", disse D�az-Canel. Na c�pula, n�o se espera "uma discuss�o aprofundada" sobre o assunto.
"Segmentos crescentes da popula��o continuar�o buscando a satisfa��o de suas necessidades e seus sonhos de prosperidade nas economias avan�adas do norte", disse o presidente a altos funcion�rios e representantes da sociedade civil que n�o puderam participar do encontro paralelo ao encontro de Los Angeles.
A C�pula das Am�ricas, inaugurada nesta quarta-feira pelo presidente dos Estados Unidos Joe Biden, tem como tema central a migra��o. No entanto, presidentes de pa�ses emissores de migrantes se ausentaram em protesto pela exclus�o de Cuba, Venezuela e Nicar�gua.
Especialmente Andr�s Manuel L�pez Obrador, presidente do M�xico, pa�s por onde transitam milhares de migrantes diariamente para chegar � fronteira com os Estados Unidos.
Cuba est� vivendo "um Mariel silencioso", disseram analistas, devido aos quase 150.000 cubanos que deixaram a ilha em sete meses, um n�mero maior do que os 130.000 que deixaram Cuba do porto de Mariel em 1980.
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, anunciou na ter�a-feira um investimento privado de quase 2 bilh�es de d�lares na Am�rica Central para conter a migra��o.
No entanto, D�az-Canel disse que, no caso de Cuba, Washington mant�m uma "pol�tica de guerra econ�mica" para deprimir o n�vel econ�mico da popula��o, al�m de restringir as formas de emigrar, ao mesmo tempo que estimula a sa�da "irregular" dos habitantes, privilegiando-os com a possibilidade de ter resid�ncia permanente quando entrarem nos Estados Unidos ilegalmente.
"� a f�rmula perfeita para promover a migra��o irregular", indicou, ao assegurar que "as f�rmulas repressivas" para conter os migrantes "permitem mitigar" o fluxo temporariamente, mas n�o resolvem suas causas.
O presidente cubano tamb�m acusou os Estados Unidos de querer decidir quem s�o os atores sociais "leg�timos e quem n�o s�o" para comparecer � c�pula de Los Angeles.
Os Estados Unidos concordaram em conceder visto a um grupo oficial de cubanos que participariam do Encontro dos Povos paralelo � c�pula, mas o documento seria concedido fora da ilha, processo que custaria caro demais.
Enquanto isso, os membros de um grupo dissidente da sociedade civil convidados a participar obtiveram um visto, mas foram impedidos pelo governo cubano de deixar o pa�s para participar.
HAVANA