(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas PARIS

'Prison X', a porta de entrada para o 'colaverso' virtual andino


10/06/2022 14:10

Uma deusa andina, a Jaguar, aguarda na entrada de uma misteriosa penitenci�ria boliviana, onde � necess�rio vestir uma m�scara m�gica. Bem-vindo � "Pris�o X", a porta de entrada para o "colaverso" virtual.

"Prison X" � um jogo criado por uma diretora boliviana, Violeta Ayala, utilizando t�cnicas de realidade virtual.

Cineasta de forma��o, de etnia quechua, Ayala, de 44 anos, come�ou em 2010 a rodar um document�rio sobre a penitenci�ria de San Sebasti�n em Cochabamba, onde cerca de mil prisioneiros vivem confinados com suas fam�lias em um espa�o onde existe um mercado, uma igreja e uma escola.

Ayala queria refletir o caos interno do pres�dio e as experi�ncias vividas por quatro anos. Apenas a realidade n�o era suficiente.

- O cinema � entediante -

"Me dei conta de que o cinema 'plano' � entediante e sei como os jogos est�o mudando as realidades", explicou em entrevista � AFP em Paris, onde apresentou "Prison X" no festival NewImages.

"Prison X", criado por uma equipe multinacional e multirracial, especialmente mulheres ind�genas, foi apresentado no festival de Sundance (Estados Unidos) e em Cannes no ano passado.

No jogo, h� on�as, andinos, traficantes de drogas, entre outros personagens.

No entanto, para navegar pelo "Prison X" s�o necess�rios �culos caros, inacess�veis a muitos usu�rios, que s�o justamente os protagonistas da hist�ria.

"Os �culos s�o passageiros, estamos em processo de transi��o para a realidade aumentada", enfatiza Ayala.

A tecnologia est� mudando t�o rapidamente que Ayala diz que poderia criar "Prison X" de outra forma, apenas um ano depois de seu lan�amento.

Suas criadoras s�o entusiastas da criptoarte, da roupa digital, que o usu�rio pode vestir e desenhar com um "clic" no celular.

"Estou trabalhando com a intelig�ncia artificial para criar o 'colaverso' e um rob� que fale quechua", explica.

O "colaverso" seria a vers�o mesti�a e ind�gena do metaverso, o espa�o virtual paralelo � realidade, onde gigantes tecnol�gicos como Meta e Google est�o investindo milh�es de d�lares.

"Vamos desenvolver uma neuroplasticidade diferente" quando a realidade aumentada se generalizar, enfatiza Ayala.

E qual ser� o impacto nas crian�as, que crescer�o neste contexto?

"O medo que sinto � irrelevante. Tenho mais medo que minha cultura n�o sobreviva", responde Ayala.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)