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Estado de Minas PEQUIM

Fartos da pol�tica de 'covid zero', muitos chineses planejam emigrar


15/06/2022 12:14

"Tudo no exterior � mais est�vel", diz Alan Li, criticando as r�gidas restri��es impostas na China para conter a covid-19, que afetam seus neg�cios, atrapalham a educa��o do filho e isolam seu pa�s. Ele, como outros compatriotas, est� decidido a emigrar.

Ap�s v�rios meses de confinamento em Xangai, este empres�rio chin�s perdeu a esperan�a de um regresso � normalidade no curto prazo. Decidiu vender sua empresa e comprar uma passagem s� de ida para a Hungria.

Para ele, este pa�s da Europa � o lugar ideal para refundar sua empresa e permitir que seu filho de 13 anos tenha acesso a uma boa escola internacional.

"Tivemos muitas perdas este ano", conta � AFP sob uma identidade falsa, pois deseja permanecer an�nimo.

O executivo relata que teve de usar suas pr�prias economias para pagar seus funcion�rios durante o confinamento.

"Como far�amos se isso se repetisse no pr�ximo inverno?", questiona.

O confinamento imposto em Xangai chocou a popula��o por sua dura��o e pelas dificuldades de acesso a alimentos. Al�m disso, a obriga��o de permanecer em centros de quarentena gerou ressentimentos.

Agora, muitos chineses querem deixar o pa�s, que era considerado uma economia muito est�vel, mas se tornou imprevis�vel pelas restri��es anticovid.

Um exemplo � o adiamento de muitos exames escolares, especificamente a prova que � essencial para entrar em universidades nos Estados Unidos.

- Explos�o da demanda -

Alan Li paga caro pela escola bil�ngue inglesa de seu filho, por isso est� indignado com as aulas on-line e com o crescente controle ideol�gico sobre os programas.

"Tudo isso arru�na a juventude dos nossos filhos", diz.

Seu alto n�vel de renda lhe garante acesso a um programa de investimento europeu que permitir� que sua fam�lia se instale em Budapeste.

"Muitas pessoas sabem que, se venderem tudo, podem viver em paz em um pa�s europeu", explica. "No exterior, tudo est� mais est�vel e � mais f�cil planejar o futuro", defende.

Guo Shize, consultor especializado em imigra��o, disse � AFP que sua ag�ncia viu uma explos�o na demanda desde mar�o. O n�mero de clientes de Xangai triplicou. A migra��o �, no entanto, limitada pela pol�tica que impede as viagens ao exterior que a China imp�s durante a pandemia.

Atualmente, as viagens "n�o essenciais" s�o desencorajadas, ou proibidas, e as autoridades deixaram de renovar os passaportes, exceto para aqueles que possam demonstrar uma situa��o de emerg�ncia.

Concretamente, os chineses podem sair para estudar em uma universidade ou trabalhar, mas n�o para fazer turismo.

A ideia por tr�s dessa pol�tica � limitar o retorno de pessoas que possam estar infectadas com o coronav�rus.

Um jornalista freelance chin�s que queria viajar para o Iraque no final de 2021 diz que n�o conseguiu embarcar em um voo para Istambul para chegar ao seu destino.

"Pegaram meu passaporte e voltaram 15 minutos depois para me dizer que eu n�o preenchia os crit�rios", contou � AFP sob condi��o de anonimato.

O profissional, que n�o tinha visto para entrar no Iraque nem carta formal de um empregador, acabou saindo pelo territ�rio semiaut�nomo de Macau.

Para Lucy, uma ativista LGBT de 20 anos e estudante de uma universidade de Pequim, as pol�ticas anticovid permitiram que o governo "controlasse tudo".

"Tudo o que eu quero � viver em um pa�s onde o governo n�o interfira na minha vida privada", explica.

"Em vez de aceitar e me adaptar a esse sistema, talvez seja melhor ir para outro lugar e come�ar uma nova vida", conclui.


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