Em sua primeira visita � Ucr�nia desde o in�cio da invas�o russa, o presidente franc�s, o chanceler alem�o e o chefe do governo italiano, que chegaram de trem a partir de Kiev, rumaram para a cidade de Irpin. O presidente romeno Klaus Iohannis, que viajou separadamente, juntou-se a eles na capital ucraniana.
Depois de cerca de vinte quil�metros de estrada, uma imagem familiar e arrepiante os esperava, a da ponte Irpin, com seus pilares desmoronados.
Nos primeiros dias da guerra, centenas de moradores fugiram do avan�o das for�as russas, esgueirando-se em t�buas improvisadas nas ru�nas desta ponte.
- "Vamos reconstruir tudo" -
Na entrada da cidade, pr�dios carbonizados e destru�dos at� onde a vista alcan�a.
Neste 113� dia de guerra, os quatro dirigentes europeus iniciarm a visita acompanhados pelo ministro ucraniano da Descentraliza��o, Oleksi� Tchernychov, que lhes falou da determina��o de reconstruir o mais rapidamente poss�vel a cidade e do regresso dos habitantes.
"Foi aqui que os ucranianos pararam o ex�rcito russo que avan�ava para Kiev", resumiu Emmanuel Macron. "Carrega as marcas, os estigmas da barb�rie", "os primeiros tra�os de crimes de guerra", disse.
Seu guia os conduziu a um pr�dio, onde mostrou um v�deo de Irpin "antes", depois uma s�rie de fotos descrevendo o horror: interiores de pr�dios em ru�nas, um banhista abandonado cujo olhar parece congelado no vazio...
"Vamos reconstruir tudo", prometeu Mario Draghi. "Os crimes de guerra devem ser julgados", acrescentou Macron.
Na parede de um pr�dio um desenho simboliza a Europa com, em ingl�s e ucraniano, o slogan: "Make Europe, Not War" (Fa�a Europa, n�o fa�a guerra).
O presidente franc�s pareceu quase surpreso com esta mensagem que resume bem o prop�sito da visita dos quatro l�deres: garantir a Ucr�nia na Europa, sem esperar pelo fim do conflito com a R�ssia.
"� a mensagem certa", disse Macron em ingl�s. "� muito emocionante ver isso", acrescentou o chefe de Estado, j� que a Uni�o Europeia deve decidir na pr�xima semana se conceder� � Ucr�nia o status de candidato oficial � Uni�o Europeia.
A partir de sexta-feira, a Comiss�o Europeia deve dar o seu parecer, um primeiro sinal importante antes da c�pula europeia marcada para 23 e 24 de junho.
O guia do quarteto europeu os levou ent�o a um carro com portas crivadas de balas. "Eles atacaram deliberadamente os passageiros dentro, embora n�o houvesse nenhum homem entre eles", disse o ministro Chernychov, referindo-se a centenas de casos semelhantes.
No final da visita, embarcaram de volta para o centro de Kiev, com destino ao Pal�cio Marinsky, onde os esperava Volodymyr Zelensky.
Um aperto de m�o e os l�deres desapareceram para discuss�es longe das c�meras, onde a quest�o da ades�o � Uni�o Europeia ser� central.
Os l�deres das tr�s principais economias europeias j� haviam sido recepcionados pelo presidente ucraniano na noite anterior, em uma atmosfera digna de uma mini-c�pula diplom�tica.
Sentados ao redor de uma mesa, os tr�s homens discutiram por quase duas horas, at� tarde da noite.
Olaf Scholz aproveitou a viagem para conversar com alguns jornalistas alem�es.
Sob press�o por n�o entregar armas suficientes a Kiev, o chanceler alem�o disse estar pronto para apoiar a Ucr�nia, inclusive com armas, "o tempo que for preciso", segundo o jornal Bild.
IRPIN