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"Estamos eliminando a distin��o entre pa�ses end�micos e n�o end�micos, informando sobre os pa�ses juntos sempre que for poss�vel, para refletir a resposta unificada necess�ria", diz o comunicado divulgado neste s�bado no site da OMS.
Somente neste ano, entre os dias 1º de janeiro e 15 de junho, disse o �rg�o, 2.103 casos confirmados da var�ola do macaco foram relatados em 42 pa�ses, assim como um caso prov�vel e uma morte. A OMS, no entanto, considera que o n�mero de casos seja ainda maior. "� prov�vel que o n�mero real de casos permane�a subestimado. Isso pode ocorrer em parte devido � falta de reconhecimento cl�nico precoce de uma doen�a infecciosa que se pensava ocorrer principalmente na �frica Ocidental e Central, uma apresenta��o cl�nica n�o grave para a maioria dos casos, vigil�ncia limitada e falta de diagn�sticos amplamente dispon�veis", disse a organiza��o.
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A var�ola causada pelo v�rus hMPXV (Human Monkeypox Virus, na sigla em ingl�s) causa uma doen�a mais branda do que a var�ola smallpox, que foi erradicada na d�cada de 80. H� duas cepas end�micas da monkeypox em circula��o no planeta atualmente. A cepa end�mica na �frica Ocidental, que tem uma taxa de letalidade de 1% a 3%, � a que tem sido respons�vel pelo surto atual em outros pa�ses. A outra cepa de monkeypox tamb�m end�mica em alguns pa�ses africanos, origin�ria do Congo, � considerada mais perigosa com taxa de letalidade de at� 10%, de acordo com a OMS.
Por enquanto, a OMS avalia a doen�a como de risco moderado, por ser a primeira vez que se d�o focos de cont�gio em pa�ses n�o end�micos, e muito distantes entre si. No dia 23 de junho, a organiza��o deve se reunir para avaliar se o surto atual representa uma "emerg�ncia de sa�de p�blica de import�ncia internacional", escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em sua rede social. A pandemia do novo coronav�rus, por exemplo, foi declarada emerg�ncia de sa�de p�blica de import�ncia internacional pela OMS em janeiro de 2020.
Transmiss�o
A var�ola dos macacos � uma doen�a viral rara transmitida pelo contato pr�ximo com uma pessoa infectada e com les�es de pele. O contato pode ser por abra�o, beijo, massagens ou rela��es sexuais. A doen�a tamb�m � transmitida por secre��es respirat�rias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superf�cies utilizadas pelo doente.
N�o h� tratamento espec�fico, mas os quadros cl�nicos costumam ser leves, sendo necess�rios o cuidado e a observa��o das les�es. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, met�stase, transplantados, pessoas com doen�as autoimunes, gestantes, lactantes e crian�as com menos de 8 anos de idade.
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabe�a, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansa�o. De um a tr�s dias ap�s o in�cio dos sintomas, as pessoas desenvolvem les�es de pele, geralmente na boca, p�s, peito, rosto e ou regi�es genitais.
Para a preven��o, deve-se evitar o contato pr�ximo com a pessoa doente at� que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Tamb�m � importante a higieniza��o das m�os, lavando-as com �gua e sab�o ou utilizando �lcool gel.