Segundo uma pesquisa da GAD3 para a emissora de TV p�blica andaluz e a espanhola, os conservadores do Partido Popular (PP) teriam a maioria absoluta (entre 58 e 61 deputados), quase duplicando o n�mero de assentos do Partido Socialista (26-30).
Desta forma, o PP n�o precisaria da extrema direita do Vox para governar, como acontece em Le�o e Castela, o que teria comprometido a aposta na modera��o do novo l�der conservador nacional, Alberto Nu�ez Feij�o.
"Tomara" que se confirmem os resultados da pesquisa, disse � imprensa o candidato do PP e presidente andaluz em fim de mandato, Juan Moreno Bonilla, mas "a noite � longa".
Mais de seis milh�es de andaluzes foram convocados a votar nas prov�ncias de Almer�a, C�diz, C�rdoba, Granada, Huelva, Ja�n, M�laga e Sevilha, em um dia em que as temperaturas deram uma tr�gua, ap�s uma semana de onda de calor e term�metros acima dos 40�C.
As se��es eleitorais abriram �s 09h locais (4h de Bras�lia) e fecharam �s 20h locais (15h de Bras�lia). Os resultados praticamente definitivos ser�o conhecidos �s 22h (17h de Bras�lia).
Temendo que seus partid�rios, confiantes na vit�ria, aproveitem o dia para ir � praia, Moreno pediu uma forte mobiliza��o ao votar em M�laga.
"Pe�o que jovens, idosos, mulheres, homens, o interior da Andaluzia, do litoral, todos vamos votar e tenhamos uma participa��o importante", apelou o presidente em fim de mandato.
A duas horas do fechamento das se��es, 44,5% dos eleitores haviam votado, 1,9% a menos do que em 2018.
Segundo a pesquisa da GAD3, o Partido Socialista (PSOE) teve um resultado similar ao das elei��es de 2018 (33), quando perdeu o poder regional pela primeira vez desde a instaura��o da autonomia em 1982, ap�s um esc�ndalo de corrup��o.
- PP foge da extrema direita -
A regi�o mais populosa da Espanha, com 8,5 milh�es de habitantes, e a segunda maior, tem sido at� ent�o um reduto da esquerda, e S�nchez apelou � hist�ria para pedir votos.
"Os maiores avan�os desta terra chegaram pelas m�os do PSOE", assegurou o presidente no Twitter.
Estas poderiam ser as terceiras elei��es regionais seguidas em que os socialistas de Pedro S�nchez seriam derrotados, ap�s as de Madri, em maio do ano passado, e Castela e Le�o, em fevereiro.
- Uma "batalha morro acima" para S�nchez -
Perder na Andaluzia seria "um duro golpe" para os socialistas e significaria que "S�nchez poderia enfrentar uma batalha morro acima para ser reeleito" no pr�ximo ano, disse Antonio Barroso, analista da consultoria pol�tica Teneo.
"O PP parece estar ganhando cada vez mais for�a e a preocupa��o dos eleitores com a infla��o dificultaria a S�ncez vender os feitos de seu governo nas pr�ximas elei��es legislativas", acrescentou.
A Espanha, com uma infla��o de 8,7% interanual em maio, n�o escapou ao contexto internacional de carestia dos pre�os dos alimentos e da energia, mas suas principais medidas de choque - subvencionar o combust�vel ou estabelecer um teto ao pre�o do g�s - n�o serviram para cont�-los.
Na Andaluzia, o Partido Popular poderia atrair uma quantidade not�vel de ex-eleitores socialistas (quase 17% dos que votaram no PSOE em 2018, segundo uma pesquisa da Sigma Dos para El Mundo), do que se poderia reduzir que Feij�o est� vencendo S�nchez na disputa pelo centro.
"H� uma estrat�gia muito vis�vel" do PP de "se apresentar como essa alternativa sensata, um esfor�o em se apresentar como uma op��o de centro, de centro direita", afirmou o professor �scar Garc�a Luengo.
Um momento simb�lico da derrota socialista seria deixar de ser, pela primeira vez, a for�a mais votada em Sevilha, ber�o do ex-chefe de governo Felipe Gonz�lez (1982-1996).
SEVILHA