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Estado de Minas BOGOT�

Dividida, Col�mbia come�a transi��o para seu primeiro governo de esquerda


20/06/2022 23:55

A Col�mbia come�a a transi��o para seu primeiro governo de esquerda nas m�os do senador e ex-guerrilheiro Gustavo Petro, que prometeu um "grande acordo nacional" para levar adiante reformas ambiciosas em um pa�s dividido.

Petro, de 62 anos, venceu com 50,4% dos votos o milion�rio independente Rodolfo Hern�ndez, de 77 anos, que obteve 47,3% dos votos, segundo a apura��o oficial. Petro elegeu-se com uma vantagem de 716.201 votos.

Petro suceder� o conservador Iv�n Duque a partir de 7 de agosto para um mandato de quatro anos.

A ambientalista Francia M�rquez, de 40 anos, tamb�m far� hist�ria como a primeira vice-presidente negra da Col�mbia.

A vit�ria foi celebrada pela esquerda latino-americana, enquanto o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, conversou com Petro por telefone e reiterou o "inalterado compromisso dos Estados Unidos pelos la�os bilaterais".

A Uni�o Europeia destacou o "resultado inquestion�vel" da elei��o.

O governo em final de mandato de Iv�n Duque garantiu uma transi��o "pac�fica, harm�nica e transparente".

"A primeira coisa a reconhecer, para defender a democracia, � quando h� um pronunciamento popular", afirmou Duque, acrescentando que "claramente, ontem os colombianos elegeram um novo presidente", em uma conversa virtual com o escritor hispano-peruano Mario Vargas Llosa.

- Uma s� Col�mbia -

Em seu discurso de vit�ria, Petro deixou de lado os ideais radicais e convidou as "duas Col�mbias" que se manifestaram nas urnas a um "grande acordo nacional para construir consensos" em torno das ambiciosas reformas que prop�s em sua campanha.

"A mudan�a consiste precisamente em deixar o �dio para tr�s; em deixar os sectarismos para tr�s. As elei��es mais ou menos mostraram duas Col�mbias, pr�ximas em termos de votos. N�s queremos que a Col�mbia, em meio � sua diversidade, seja uma Col�mbia", destacou.

Tamb�m afirmou que em seu governo "n�o haver� persegui��o pol�tica" por mais "ferrenha" que seja a oposi��o.

Por ser feriado no pa�s, a bolsa e o mercado de c�mbio reagir�o na ter�a-feira ao triunfo da esquerda na quarta maior economia da Am�rica Latina.

Nesta segunda-feira, a vice-presidente eleita refor�ou a mensagem de Petro.

"O passo da reconcilia��o � com 50 milh�es de colombianos; � com todos que vamos avan�ar na reconcilia��o, na paz, no fim das lacunas da desigualdade", disse M�rquez a R�dio W.

A l�der ambientalista anunciou que se ocupar� destes temas em um futuro Minist�rio da Igualdade.

O presidente eleito prop�e fortalecer o Estado, transformar o sistema de sa�de e pens�es e suspender a explora��o petroleira para dar espa�o �s energias limpas diante da crise clim�tica.

Tamb�m durante a campanha, anunciou que restabelecer� rela��es com a Venezuela, rompidas desde 2019, implementar� o acordo de paz de 2016 com as extintas Farc e dialogar� com o Ex�rcito de Liberta��o Nacional, a �ltima guerrilha reconhecida no pa�s.

A direita no poder, algumas organiza��es e setores militares temem que Petro exproprie bens e conduza o pa�s a um socialismo fracassado.

J� o ex-presidente �lvaro Uribe (20002-2010), l�der do partido do governo, reagiu � vit�ria de seu opositor com modera��o.

"Para defender a democracia � preciso acat�-la. Gustavo Petro � o presidente. Que um sentimento nos guie: a Col�mbia em primeiro lugar", escreveu no Twitter.

- Forma��o de maiorias -

No Congresso, ele contar� com uma bancada importante, mas sem garantir maiorias.

O senador Roy Barreras, muito pr�ximo ao presidente eleito, disse nesta segunda-feira que a coaliz�o que apoia Petro far� pontes com outras for�as.

"O que vem agora � a forma��o de maiorias parlamentares que permitam concretizar estas reformas", indicou � r�dio Caracol.

Tamb�m afirmou que o pr�ximo governo enviar� "sinais claros" de sua seriedade e responsabilidade, em alus�o � nomea��o do gabinete ministerial.

Em campanha, Petro anunciou que nomearia ministros de outras tend�ncias, diante da expectativa para as pastas de Economia e Defesa.

Petro ser� o primeiro ex-guerrilheiro a dirigir uma for�a armada de cerca de 400 mil militares e policiais, a segunda maior da regi�o depois do Brasil, em meio ao conflito com grupos armados financiados pelo tr�fico de drogas e minera��o ilegal.

"Temos um segundo desafio que � aliviar esse medos, dizer aos colombianos que o pr�ximo governo deve ser um governo de unidade nacional e que a polariza��o ficou para tr�s".

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