A estrela do pop Rihanna antecipou a tend�ncia na passarela da Dior no auge do inverno em Paris, exibindo sua gravidez em uma camisola transparente e calcinha preta.
A atriz Megan Fox escandalizou com uma micro lingerie � mostra sob um vestido Mugler em uma premia��o da MTV.
O Sal�o Internacional da Lingerie de Paris terminou na segunda-feira com desfiles que n�o apenas mostraram corpos esculturais, mas tamb�m modelos com tamanhos diversos, como t�m feito as campanhas publicit�rias.
- Saem as m�scaras, voltam as rendas -
A lingerie � mostra volta com for�a total, ap�s dois anos de m�scaras, luvas e aus�ncia de contato.
"� uma tend�ncia que est� muito forte na cultura pop. Rihanna, Cardi B, Kim Kardashian se apoderaram destes c�digos de maneira muito extrovertida e com um real dimens�o feminista", explica � AFP Renaud Cambuzat, diretor de cria��o e imagem da marca francesa Chantelle.
O Instagram � a vitrine para esse movimento "sexy descomplicado", que est� sendo adotado "pelas gera��es mais jovens e tamb�m entre a meia idade", declarou � AFP Jacqueline Quinn, criadora e professora do Fashion Institute of Technology de Nova York.
A conhecida marca Victoria's Secret abandonou seu slogan "Um corpo perfeito" e agora exp�es uma maior diversidade de modelos, com diferentes idades, tamanhos e estilos, como por exemplo a jogadora de futebol americana Megan Rapinoe, s�mbolo LGBT.
"H� quatro ou cinco anos, em pleno movimento #MeToo, surgiu uma forte vontade de fazer algo com maior representa��o. A luta do #MeToo n�o apenas venceu, mas tamb�m abriu novas perspectivas. H� mulheres e marcas com legitimidade" para propor um retorno � lingerie ultra sexy, disse Renaud Cambuzat.
"N�o devemos confundir o #MeToo com puritanismo. Uma mulher pode seduzir, por vontade pr�pria" declara � AFP Samar Vignals, da marca Aubade.
De suas conhecidas publicidades em branco e preto, com pe�as sugestivas e decotes pronunciados, a Aubade passou a mostrar modelos que olham diretamente para a c�mera e prop�em "uma sedu��o franca".
Ap�s a "necessidade de conforto" derivada da pandemia, as clientes da Aubade agora querem "mais aud�cia", garante a estilista.
"A calcinha de fio e a tanga s�o nossas campe�s de vendas", destaca Samar Vignals.
- Sexualidade desenfreada, mas nem tanto -
"Vemos o retorno da sexualidade desenfreada dos anos 2000, a c�digos que remetem ao arqu�tipo da mulher objeto mas que j� n�o t�m o mesmo sentido (...). N�o se trata de uma exig�ncia de sedu��o, mas de uma reapropria��o, de maneira feminista, de trajes sexualizados", explica Benjamin Simmenauer, professor do Instituto Franc�s de Moda.
Se trata de "desdramatizar a sedu��o", explica Aline Tran, fundadora de uma loja de lingerie er�tica em Paris.
"Agora se fala muito mais em aceitar seu corpo(...) A sedu��o � um ativo super feminista e faz parte da tend�ncia de retomar o controle de seu corpo", explica.
ASSURANT
PARIS