Em uma breve transmiss�o televisiva, Macron reconheceu a exist�ncia de "fraturas", que obrigam os grupos pol�ticos como um todo a "aprender a governar e legislar de maneira diferente".
"Temos que alcan�ar compromissos (...), mas faz�-lo em total transpar�ncia, a c�u aberto, em busca de uni�o e de agir pela na��o", acrescentou.
"Para avan�ar de maneira �til, cabe agora aos grupos pol�ticos dizerem com total transpar�ncia at� onde querem chegar", afirmou.
Entre os temas a serem discutidos, o presidente franc�s mencionou "o poder aquisitivo", o "clima" e o "pleno emprego".
Macron foi reeleito em maio para um segundo mandato, derrotando no segundo turno a candidata de extrema direita Marine Le Pen.
Nas legislativas deste m�s, no entanto, sua coaliz�o Juntos! obteve 245 dos 577 assentos da Assembleia Nacional, 44 menos que o necess�rio para garantir a maioria absoluta.
Os demais parlamentares se dividem principalmente entre a alian�a de esquerda Nupes, que conquistou cerca de 150 assentos, a extrema direita de Le Pen, com 89, e a direita tradicional com 61.
Essa fragmenta��o foi acompanhada de uma elevada absten��o, de 53,77%, no segundo turno das legislativas, no domingo.
Durante seu primeiro mandato, Macron foi muito criticado pela oposi��o por exercer o poder de forma vertical nas numerosas crises que precisou enfrentar, entre elas a do movimento dos "coletes amarelos".
Macron rejeitou na ter�a-feira a demiss�o da rec�m-nomeada primeira-ministra Elisabeth Borne, considerada de perfil t�cnico.
- Sem governo de unidade -
Em seu discurso desta quarta, o presidente franc�s excluiu a forma��o de um governo de unidade nacional, ap�s consultar na ter�a-feira l�deres das forma��es com representa��o no Parlamento.
De fato, nenhum dirigente opositor afirmou ser favor�vel a uma iniciativa deste tipo.
O l�der da Nupes, Jean-Luc M�lenchon, afirmou ap�s o discurso de Macron que "o poder Executivo � fraco, mas a Assembleia Nacional tem a legitimidade de sua recente elei��o", declarando que "vamos dissolver a realidade do voto disfar�ando-a com considera��es e apelos de todos os tipos".
M�lenchon reiterou tamb�m seu pedido para que a primeira-ministra Borde encare um voto de confian�a no Parlamento e que renuncie, caso n�o o consiga.
O presidente interino do RN, Jordan Bardella, considerou positivo que "Emmanuel Macron se mostre um pouco menos arrogante" e afirmou que a bancada do partido de extrema direita ter� uma postura "firme, mas construtiva".
Macron realizou suas consultas antes de uma s�rie de compromissos internacionais que come�am a partir de quinta-feira, que incluem uma c�pula da Uni�o Europeia (UE) para debater se ser� conferida � Ucr�nia, em guerra com a R�ssia, a condi��o de candidata a aderir ao bloco.
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PARIS
Macron defende 'compromissos' para evitar paralisa��o pol�tica na Fran�a
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