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Estado de Minas WASHINGTON

Criaturas de sangue frio como as tartarugas n�o envelhecem, apontam estudos


23/06/2022 17:15

Cientistas descobriram o segredo da juventude eterna: ser uma tartaruga.

Dois estudos publicados nesta quinta-feira (23) na revista Science revelaram poucas evid�ncias de envelhecimento entre certas esp�cies de sangue frio, desafiando uma teoria da evolu��o de que a senesc�ncia, ou decl�nio f�sico gradual, � um destino inevit�vel.

Embora existam relatos individuais como o de Jonathan, a tartaruga de Seychelles que completa 190 anos este ano, estes foram considerados aned�ticos, disse � AFP David Miller, pesquisador da Penn State University e autor de um dos artigos.

Para seu artigo, Miller e seus colegas coletaram dados de estudos de campo de longo prazo compreendendo 107 popula��es de 77 esp�cies, incluindo tartarugas, anf�bios, cobras, e crocodilos.

Eles usaram uma t�cnica chamada "marcar-recapturar", pela qual um certo n�mero de indiv�duos � primeiramente capturado e marcado, e depois os pesquisadores os acompanham ao longo dos anos para ver se os encontram novamente, derivando estimativas de mortalidade baseadas em probabilidade.

Os pesquisadores tamb�m coletaram dados sobre quantos anos os animais viveram ap�s atingir a maturidade sexual e usaram m�todos estat�sticos para produzir taxas de envelhecimento.

"Encontramos exemplos de envelhecimento insignificante", explicou a bi�loga e pesquisadora Beth Reinke, da Universidade Northeastern Illinois.

"Envelhecimento insignificante ou senesc�ncia n�o significa que eles s�o imortais", explicou. Significa que existe a possibilidade de morrer, mas que isso n�o aumenta com a idade.

O estudo foi financiado pelos Institutos Nacionais de Sa�de, que est�o interessados em aprender mais sobre o envelhecimento em ectot�rmicos, ou esp�cies de sangue frio, para depois aplicar as descobertas nos humanos, de sangue quente.

Os ectot�rmicos t�m metabolismos mais baixos e envelhecem mais lentamente do que os endot�rmicos, que geram internamente seu pr�prio calor e t�m metabolismos mais altos.

-N�o � o metabolismo -

No entanto, os autores deste novo estudo descobriram que o metabolismo n�o desempenha um papel t�o central quanto se pensava anteriormente.

"Embora houvesse ectot�rmicos que envelheceram mais lentamente e viveram mais que os endot�rmicos, tamb�m houve ectot�rmicos que envelheceram mais r�pido e viveram menos", observaram.

O estudo tamb�m forneceu pistas para pesquisas futuras.

Ao olhar diretamente para as temperaturas m�dias de uma esp�cie, em vez da taxa metab�lica, os cientistas descobriram que os r�pteis mais quentes envelhecem mais r�pido, enquanto o oposto � verdadeiro para os anf�bios.

Animais com caracter�sticas f�sicas protetoras viveram mais e envelheceram mais lentamente em compara��o com aqueles sem.

"Uma concha � importante para o envelhecimento, porque torna uma tartaruga muito dif�cil de comer, permitindo que vivam mais", analisou Miller.

Um segundo estudo realizado por uma equipe da Universidade do Sul da Dinamarca e outras institui��es aplicou m�todos semelhantes a 52 esp�cies de tartarugas em popula��es de zool�gicos e descobriu que 75% apresentavam envelhecimento insignificante.

"Se algumas esp�cies de fato escaparem do envelhecimento, e estudos mecanicistas puderem revelar como elas o fazem, a sa�de e a longevidade humanas podem se beneficiar", escreveram os cientistas Steven Austad e Caleb Finch em um coment�rio sobre esses estudos.

Eles observaram, no entanto, que mesmo que algumas esp�cies n�o tenham mortalidade crescente ao longo dos anos, elas exibem doen�as relacionadas � idade.

A tartaruga Jonathan "est� cega, perdeu o sentido do olfato e precisa ser alimentada manualmente", lembraram, provando que os estragos causados pelo tempo chegam para todos.


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