O an�ncio do acordo sobre a Ucr�nia e Mold�via foi formulado pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que comemorou "um dia hist�rico".
A decis�o, adotada no primeiro dia de uma c�pula europeia em Bruxelas, ocorre quatro meses depois do in�cio da ofensiva da R�ssia contra a Ucr�nia.
"Nosso futuro � juntos", afirmou Michel no Twitter.
O processo completo de ades�o � UE, que atualmente conta com 27 pa�ses membros, pode, no entanto, levar anos para ser efetivado.
"� um momento �nico e hist�rico nas rela��es entre a Ucr�nia e a UE", tuitou o presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, acrescentando que "o futuro da Ucr�nia est� dentro da UE".
Quanto � Ge�rgia, outra ex-rep�blica sovi�tica que tamb�m aspira a aderir � UE, o bloco definiu que o pa�s deve avan�ar em suas reformas para alcan�ar o status de candidato.
O presidente georgiano, Salom� Zurabishvili, respondeu que o pa�s estava "disposto a trabalhar com determina��o" para alcan�ar esse objetivo.
- "Sinal muito forte" -
A Ucr�nia inicialmente queria que a UE aceitasse sua ades�o imediata para neutralizar a ofensiva militar russa em seu territ�rio, mas os europeus apontaram que h� um procedimento lento que deve ser aplicado.
No entanto, o presidente da Fran�a, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira (23) que o gesto de conceder � Ucr�nia este status era um "sinal muito forte" da UE para a R�ssia.
"Devemos isso aos ucranianos, que lutam para defender nossos valores, sua soberania e sua integridade territorial, e devemos tamb�m � Mold�via, se levarmos em considera��o a situa��o pol�tica de desestabiliza��o" que esse pa�s atravessa, declarou.
A presidente da Comiss�o Europeia, Ursula von der Leyen, salientou que foi "um excelente dia para a Europa".
Pouco ap�s a decis�o ser adotada, Zelensky participou da c�pula dos l�deres europeus por videoconfer�ncia para expressar sua gratid�o pelo gesto.
Ucr�nia, Mold�via e Ge�rgia s�o tr�s pa�ses que fizeram parte da extinta Uni�o Sovi�tica ou de sua �rea de influ�ncia. Atualmente, se distanciaram de Moscou, embora tenham territ�rios sob controle de for�as pr�-russas.
- Indigna��o -
O entusiasmo com a concess�o do status � Ucr�nia e Mold�via e a "perspectiva europeia" � Ge�rgia contrastaram nesta quinta-feira com a indigna��o dos pa�ses dos B�lc�s Ocidentais, que h� anos aguardam pacientemente para serem adicionados ao bloco.
A Maced�nia do Norte � candidata formal � ades�o desde 2005, Montenegro desde 2010, S�rvia desde 2012 e Alb�nia desde 2014.
Esses quatro pa�ses realizaram uma c�pula com l�deres europeus na manh� desta quinta-feira e, no final dessa reuni�o, as partes cancelaram uma entrevista coletiva conjunta que havia sido agendada anteriormente.
"Bem-vinda, Ucr�nia. � bom que o status [de pa�s candidato] seja reconhecido para a Ucr�nia. Mas espero que os ucranianos n�o tenham ilus�es", disse o primeiro-ministro alban�s, Edi Rama, sem esconder sua irrita��o.
Rama e seus colegas da Maced�nia do Norte e S�rvia acabaram concedendo uma coletiva de imprensa improvisada �s pressas, sem a presen�a de l�deres europeus.
Essas candidaturas colidem com o veto da Bulg�ria, que mant�m uma tens�o pol�tica com a Maced�nia do Norte.
Na opini�o de Rama, o veto da Bulg�ria � "uma vergonha", e ele lamentou que o resto dos pa�ses da UE "permane�am sentados impotentes".
BRUXELAS