A covid-19 obrigou muitas pessoas a trabalhar de casa, mas a maioria dos sistemas migrat�rios "est�o mal equipados" para lidar com o teletrabalho, aponta o think tank sediado em Washington.
Os sistemas n�o se adaptaram para "admitir trabalhadores estrangeiros que podem acabar trabalhando parcial ou totalmente de forma remota para um empregador local, e tampouco para permitir que os n�mades digitais viajem e trabalhem de forma remota para um empregador em outro pa�s".
As regras pouco claras sobre os impostos, as vantagens e as legisla��es trabalhistas representam obst�culos tanto para os n�mades digitais como para aqueles que os empregam, acrescenta o documento.
"N�o tratar do trabalho remoto nas pol�ticas de imigra��o � uma oportunidade perdida", diz o relat�rio assinado por Kate Hooper e Meghan Benton.
As autoras consideram que os sistemas migrat�rios devem ser mais flex�veis, o que poderia gerar benef�cios porque permitiria o aproveitamento de talentos e facilitaria aos deslocados por conflitos ou desastres ambientais a obter receitas.
Passos j� est�o sendo dados nesse sentido em alguns lugares: mais de 25 pa�ses e territ�rios, entre os quais figuram Argentina, Brasil, Costa Rica e Panam�, estabeleceram vistos para n�mades digitais que admitem cidad�os estrangeiros que trabalham para um empregador fora do pa�s ou, at� mesmo, por conta pr�pria.
Ao contr�rio de um visto tradicional, nestes casos n�o se assume que o trabalho ser� presencial, em tempo integral em um mesmo pa�s.
Os vistos para n�mades digitais t�m sido bem-sucedidos em pa�ses cujas economias dependem do turismo para compensar a perda de renda ao permitir que os visitantes permane�am por mais tempo.
Tamb�m entre aqueles interessados que os trabalhadores remotos internacionais vivam em lugares pequenos e comunidades rurais para contribuir para o seu desenvolvimento econ�mico.
Al�m disso, existem outras formas de adaptar os sistemas migrat�rios ao teletrabalho, como por exemplo ajustar os vistos existentes para flexibilizar as comprova��es de resid�ncia ou permitir o trabalho remoto com visto de turista.
WASHINGTON