A trag�dia ocorreu em um pavilh�o do pres�dio municipal quando os presos atearam fogo em seus colchonetes para impedir a entrada da pol�cia ap�s uma tentativa de fuga ou para "encobrir alguma situa��o", informou � AFP o general Tito Castellanos, diretor do Instituto Nacional Penitenci�rio e Carcer�rio (Inpec).
"Infelizmente h� uma rebeli�o no pavilh�o n�mero oito da pris�o de Tulu�, onde h� 1.267 presos, com um lament�vel resultado de 49 mortes", disse o oficial � La W Radio.
Segundo Castellanos, os internos morreram no inc�ndio causado por volta das 2 horas da madrugada.
"Ao atear fogo aos colchonetes (os presos) n�o mediram as consequ�ncias", explicou o general em entrevista � r�dio RCN.
"O Corpo de Bombeiros de Tulu� j� controlou a situa��o", acrescentou.
H� mais 30 pessoas "feridas e afetadas pela conflagra��o e pela fuma�a", entre eles seis guardas que ajudaram a retirar os detentos, disse Castellanos, que n�o forneceu informa��es sobre presos foragidos.
Do lado de fora do pres�dio, dezenas de pessoas aguardam not�cias sobre seus parentes.
"N�o sei de nada. O Inpec n�o quer nos deixar entrar", reclamou, entre l�grimas, Mar�a Eugenia Rojas, m�e de Luis Miguel Rojas, que estava detido no pavilh�o onde o motim come�ou, � Caracol Television.
- Poderia ser "pior" -
As autoridades avaliam v�rias hip�teses, desde uma "tentativa de fuga" at� dist�rbios provocados "para encobrir alguma situa��o", de acordo com o relat�rio oficial.
No local exato afetado pelas chamas havia 180 detentos, que colocaram fogo em colchonetes para impedir a entrada da pol�cia no pavilh�o.
Em rea��o, os agentes tentaram controlar o inc�ndio com extintores e conseguiram retirar dezenas de presos com vida.
"Se n�o, o resultado teria sido pior do que este que temos atualmente", enfatizou Castellanos.
Segundo o general, o pres�dio abrigava 1.267 detentos, 17% a mais que a sua capacidade.
A per�cia trabalha na identifica��o das v�timas.
O presidente eleito da Col�mbia, Gustavo Petro, expressou suas condol�ncias aos familiares das v�timas no Twitter e pediu "um repensar completo da pol�tica carcer�ria diante da (...) dignidade do preso".
"O Estado colombiano encara a pris�o como um espa�o de vingan�a e n�o de reabilita��o", acrescentou o esquerdista, que assumir� o cargo em 7 de agosto, evocando a morte de 23 presos durante um motim na pris�o La Modelo, em Bogot�, em mar�o de 2020.
O presidente Iv�n Duque, por sua vez, citou o ocorrido no Twitter, sem mencionar n�meros.
"Lamentamos os acontecimentos ocorridos no pres�dio de Tulu� (...) Dei instru��es para realizar investiga��es para esclarecer essa terr�vel situa��o. Minha solidariedade �s fam�lias das v�timas", escreveu o presidente.
O sistema penitenci�rio colombiano abriga 97.426 presos. A superpopula��o � de 16.251, segundo o Inpec.
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BOGOT�
Aos menos 49 mortos e 30 feridos em inc�ndio em pris�o na Col�mbia
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