Dos 148 pa�ses cobertos pela nona edi��o do "�ndice Global dos Direitos", em 50 deles os trabalhadores foram submetidos � viol�ncia f�sica, contra 45 um ano antes.
Sindicalistas foram assassinados em 13 pa�ses, entre eles Col�mbia, Equador, Guatemala, It�lia, �ndia e �frica do Sul, alerta a CSI. Al�m disso, foram registradas pris�es e deten��es arbitr�rias de trabalhadores em 69 pa�ses.
Os dez piores pa�ses para os trabalhadores em 2022 s�o Bangladesh, Belarus, Brasil, Col�mbia, Egito, Essuat�ni, Filipinas, Guatemala, Mianmar e Turquia, segundo o relat�rio.
No continente americano, muitos pa�ses, incluindo Argentina, Col�mbia, Equador, Guatemala e Honduras, foram palco de ataques violentos contra sindicalistas e trabalhadores.
A pior regi�o do mundo para os trabalhadores � o Oriente M�dio e Norte da �frica, que sofrem com situa��es de "viola��o sistem�tica de direitos a direitos n�o garantidos". O continente americano � o segundo melhor de cinco, atr�s da Europa.
- Brasil, pior ap�s reforma trabalhista -
A Col�mbia segue sendo o pa�s mais mortal para trabalhadores e sindicalistas, com 13 assassinatos em 2021-2022, diz a pesquisa. Foram registradas seis tentativas de assassinato e 99 amea�as de morte. Oito sindicalistas foram presos arbitrariamente.
"A maior parte dos crimes continua sem resolu��o, j� que o governo n�o chegou a investigar os casos. Por n�o conceder-lhes a prote��o adequada, as vidas dos sindicalistas e de suas fam�lias continuam permanentemente amea�adas", afirma a CSI.
Quanto ao Brasil, a situa��o "continuou se deteriorando, j� que empregadores e autoridades violaram regularmente seus direitos coletivos b�sicos".
Desde a ado��o da Lei que introduziu a Reforma Trabalhista, "todo o sistema de negocia��o coletiva entrou em colapso no Brasil, com uma redu��o dr�stica de 45% no n�mero de acordos coletivos celebrados", segundo a CSI.
"A for�a de trabalho, especialmente no setor da sa�de e na ind�stria de carnes, teve que enfrentar as duras consequ�ncias da m� gest�o da pandemia de coronav�rus pelo presidente (Jair) Bolsonaro, com a deteriora��o de suas condi��es de trabalho e o enfraquecimento das medidas de sa�de e seguran�a", afirmou.
No caso da Guatemala, que piorou sua classifica��o e entrou no clube dos dez piores pa�ses para os trabalhadores, a CSI menciona "a viol�ncia antissindical end�mica, juntamente com a impunidade daqueles que cometem esses atos violentos".
- Da Coca-Cola � Amazon -
"Mulheres e homens trabalhadores est�o vivendo na linha de frente com as repercuss�es de v�rios aspectos da crise: n�veis hist�ricos de desigualdade, a emerg�ncia clim�tica, a perda de vidas e meios de subsist�ncia devido � pandemia e o impacto devastador dos conflitos", afirma a secret�ria-geral da CSI, Sharan Burrow.
O relat�rio mostra "como essa instabilidade � explorada por governos e empregadores que atacam os direitos dos trabalhadores", lamenta a confedera��o em um comunicado � imprensa.
Entre as empresas, a CSI menciona as gigantes Nestl� no Brasil, Coca-Cola em Hong Kong e Uruguai, H&M; na Nova Zel�ndia, Amazon na Pol�nia e Hyundai na Coreia do Sul.
A CSI acusa essas empresas de terem violado os direitos dos trabalhadores, estarem "vinculadas" a esses abusos e n�o terem usado sua "influ�ncia" para combat�-los.
A confedera��o sindical afirma ter 308 organiza��es filiadas em 153 pa�ses e territ�rios nos cinco continentes, com um total de 175 milh�es de trabalhadores, dos quais 40% s�o mulheres.
Por seu lado, a Organiza��o Internacional de Empregadores (OIE), contatada pela AFP antes da publica��o do relat�rio, salienta que "a melhor forma de garantir um ambiente de trabalho seguro � que os governos ratifiquem e fa�am cumprir as conven��es" da organiza��o.
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