A leitura do veredicto deve come�ar �s 17H00 (12H00 de Bras�lia), de acordo com o an�ncio do presidente do tribunal, Jean-Louis P�ri�s, na segunda-feira ao final do 148� dia do julgamento no Pal�cio de Justi�a de Paris.
A audi�ncia final foi marcada pelas �ltimas palavras dos acusados, incluindo Salah Abdeslam, o �nico integrante vivo dos comandos que atacaram em 13 de novembro de 2015 v�rios pontos de Paris e o Stade de France, em Saint-Denis.
"N�o sou um assassino e se for condenado por assassinatos, voc�s cometeriam uma injusti�a", declarou o franc�s de 32 anos, que voltou a pedir desculpas aos sobreviventes e parentes das v�timas.
Adeslam enfrenta o risco de ser condenado � maior pena prevista no C�digo Penal da Fran�a, a pris�o perp�tua sem possibilidade de liberdade condicional, senten�a solicitada pela acusa��o. Os advogados de defesa consideram que esta seria uma "pena de morte social" e afirmam que ele renunciou a explodir a carga presa ao seu corpo na noite dos ataques.
"A opini�o p�blica pensa que eu estava nos bares, atirando contra as pessoas, que estava no Bataclan. Voc�s sabem que a verdade est� no sentido contr�rio", afirmou Absdelam ao tribunal, antes do in�cio das delibera��es.
Para a Procuradoria Nacional Antiterrorista (PNAT), o principal r�u, preso na B�lgica em 18 de mar�o de 2016, quatro dias antes dos atentados contra o metr� e o aeroporto de Bruxelas (32 mortos), tentou ativar seu cintur�o de explosivos.
"Ele tem as m�os manchadas com o sangue de todas as v�timas", afirmaram os representantes do Minist�rio P�blico.
A maioria dos outros 13 acusados presentes - seis s�o julgados � revelia - reiteraram "arrependimentos" ou pedidos de "desculpas". Alguns expressaram "condol�ncias" �s v�timas. Muitos afirmaram "confiar na justi�a".
Mais de seis anos depois de uma noite de horror que deixou um rastro de sangue no Stade de France, nos bares da capital e na casa de espet�culos Bataclan, a defesa alertou contra uma "justi�a de exce��o".
Os atentados aconteceram em um contexto de ataques na Europa, enquanto uma coaliz�o internacional lutava contra o grupo Estado Isl�mico (EI) na S�ria e no Iraque. Milhares de s�rios chegavam por sua vez ao continente europeu para fugir da guerra em seu pa�s.
As penas solicitadas contra os 20 acusados v�o de cinco anos de pris�o at� pris�o perp�tua sem liberdade condicional para Abdeslam e dois ex-dirigentes do grupo Estado Isl�mico, que foram considerados mortos na regi�o da S�ria e Iraque.
PARIS