O primeiro-ministro Ranil Wickremesinghe, que � o pr�ximo na linha de sucess�o em caso de ren�ncia de Rajapaksa, convocou uma reuni�o de emerg�ncia do governo para debater uma "solu��o r�pida" para a crise.
Em um comunicado, ele convidou os l�deres dos partidos pol�ticos a participar do encontro e tamb�m pediu a convoca��o do Parlamento.
Wickremesinghe afirmou que est� disposto a renunciar para que oa pa�s tenha um governo de unidade nacional.
"O presidente foi escoltado para um local seguro", disse uma fonte do minist�rio da Defesa � AFP.
"Ele permanece como presidente, est� protegido por uma unidade militar", acrescentou a fonte, segundo a qual os soldados que protegiam a resid�ncia oficial atiraram para o alto para impedir a aproxima��o dos manifestantes at� a retirada de Rajapaksa.
Canais de televis�o exibiram imagens de centenas de pessoas escalando os port�es do pal�cio presidencial, um edif�cio do per�odo colonial, pr�ximo do beira-mar e s�mbolo de poder no Sri Lanka.
Alguns manifestantes transmitiram ao vivo nas redes sociais v�deos que mostravam a multid�o dentro do pal�cio.
Funcion�rios do governo afirmaram que ignoram as inten��es de Rajapaksa depois da fuga. "Estamos esperando instru��es", declarou uma fonte �. "Ainda n�o sabemos onde est�, mas sabemos que est� com a Marinha do Sri Lanka e que est� a salvo".
- Infla��o galopante -
Dezenas de milhares de pessoas participaram horas antes de um protesto para exigir a ren�ncia de Rajapaksa, considerado respons�vel pela crise sem precedentes que afeta o pa�s e provocou uma infla��o galopante, com uma grave escassez de combust�veis, energia el�trica, alimentos e medicamentos.
A ONU calcula, entre outras coisas, que quase 80% da popula��o pula as refei��es para enfrentar a falta de alimentos e a alta dos pre�os.
O principal hospital de Colombo informou que 14 pessoas receberam tratamento depois que foram afetadas por g�s lacrimog�neo durante a manifesta��o.
De acordo com o governo, 20.000 soldados e policiais foram enviados a Colombo para proteger o presidente.
Na sexta-feira, as for�as de seguran�a determinaram um toque de recolher para tentar dissuadir os manifestantes de sair �s ruas.
A medida foi suspensa depois que partidos de oposi��o, ativistas de direitos humanos e a Ordem dos Advogados do pais amea�aram processar o chefe de pol�cia.
De qualquer maneira, o toque de recolher foi amplamente ignorado pelos manifestantes. Alguns obrigaram as autoridades ferrovi�rias a transport�-los neste s�bado at� Colombo para participar na manifesta��o.
A ONU pediu calma �s autoridades e ao governo do Sri Lanka. Em maio, nove pessoas morreram e centenas ficaram feridas durante os dist�rbios no pa�s.
Em abril, o Sri Lanka declarou a morat�ria da d�vida externa de 51 bilh�es de d�lares e iniciou negocia��es para um plano de ajuda do Fundo Monet�rio Internacional.
A crise, com uma dimens�o sem precedentes desde a independ�ncia do pa�s em 1948, � atribu�da � pandemia de covid-19, que privou a ilha da �sia meridional das divisas do setor tur�stico, e foi agravada por uma s�rie de p�ssimas decis�es pol�ticas, segundo os economistas.
COLOMBO