Os moradores da capital cubana iniciaram a semana com suas atividades cotidianas nas escolas e locais de trabalho, embora dezenas de dissidentes, artistas e jornalistas independentes tenham denunciado que foram alertados pela pol�cia para n�o sair de casa. Alguns inclusive tinham patrulhas em frente �s suas casas.
D�az-Canel disse em um tu�te que est� convencido de que "tamb�m vamos sair desta situa��o complexa. E vamos sair revolucionando".
"A Revolu��o sempre est� se revolucionando e fez isso em um cen�rio de constante ass�dio econ�mico, pol�tico e ideol�gico", acrescentou.
Nos dias 11 e 12 de julho de 2021, foram registradas as maiores manifesta��es desde o triunfo da revolu��o cubana em 1959, quando milhares de pessoas sa�ram �s ruas em quase 50 cidades do pa�s gritando "Liberdade" e "Estamos com fome", quando a crise econ�mica enfrentada pela ilha se intensificou, a pior em tr�s d�cadas.
Uma forte presen�a de agentes de seguran�a � paisana podia ser observada desde o fim de semana em alguns centros nevr�lgicos da cidade.
"Se h� algo para comemorar neste 11 de julho, � a vit�ria do povo cubano, da Revolu��o Cubana", acrescentou D�az-Canel.
Na sexta-feira passada ele afirmou, em uma reuni�o com artistas e intelectuais, que o que Cuba realmente festejaria neste primeiro anivers�rio � que "o povo cubano e a Revolu��o cubana desmontaram um golpe de Estado vandal�stico".
Nesta segunda-feira, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que seu pa�s admira "a determina��o" do povo cubano "contra a opress�o" e apoia "sua luta".
Em um comunicado, o secret�rio de Estado afirma que o governo do presidente Joe Biden elogia a "determina��o indom�vel (do povo cubano) contra a opress�o".
"Ao povo cubano: os americanos observaram com admira��o, em 11 de julho de 2021, como dezenas de milhares de voc�s foram �s ruas para erguer suas vozes pelos direitos humanos, pelas liberdades fundamentais e por uma vida melhor", acrescenta.
Os protestos de 11 e 12 de julho passado terminaram em um morto, dezenas de feridos e mais de 1.300 detidos, segundo a Cubalex, uma ONG de direitos humanos com sede em Miami.
As autoridades cubanas afirmam que as manifesta��es foram organizadas pelos Estados Unidos.
Segundo a Procuradoria-Geral da Rep�blica cubana, 790 prisioneiros foram processados, e 488 receberam senten�a definitiva, muitos pelo crime de sedi��o com penas de at� 25 anos de pris�o.
Os Estados Unidos consideram "inaceit�vel" que esses manifestantes permane�am atr�s das grades e afirmam que continuar�o "apoiando o povo cubano (...) em sua luta pela democracia".
Segundo Blinken, o objetivo � garantir que as autoridades cubanas sejam responsabilizadas "pelos abusos contra os direitos humanos", condenar "as restri��es �s liberdades fundamentais e aos direitos trabalhistas", pedir a liberta��o incondicional de presos pol�ticos e incentivar seus aliados a fazer o mesmo.
Em Havana, o presidente cubano, Miguel D�az-Canel, disse que, hoje (11), a ilha festejar� a derrota de "um golpe de Estado vandal�stico".
Quando chegou � Casa Branca, em janeiro de 2021, Biden prometeu rever a pol�tica dos Estados Unidos em rela��o a Cuba. A ilha se encontra desde 1962 sob embargo americano.
Em maio deste ano, ele anunciou que suspenderia algumas das restri��es impostas � ilha sob o mandato de seu antecessor Donald Trump, para facilitar os procedimentos de imigra��o, transfer�ncias de dinheiro e voos. A decis�o foi bem-recebida por Havana.
WASHINGTON