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Estado de Minas LIMA

MP peruano investiga tortura a camponesas acusadas de 'feiti�aria'


12/07/2022 17:44

O Minist�rio P�blico do Peru abriu, nesta ter�a-feira (12), uma investiga��o sobre o caso de sete mulheres acusadas de "feiti�aria" que foram capturadas, despidas e a�oitadas por membros de "patrulhas campesinas" de vigil�ncia em um vilarejo remoto nos Andes.

As v�timas foram libertadas hoje, segundo o MP, ap�s a interven��o das autoridades peruanas, que foram acionadas depois que um v�deo circulou nas redes sociais mostrando uma mulher pendurada por um dos p�s, enquanto era a�oitada para que confessasse supostos atos de bruxaria.

As mulheres foram capturadas em 29 de junho pelos "patrulheiros", segundo meios locais. Elas t�m entre 43 e 70 anos de idade. Um homem tamb�m foi detido, mas n�o h� registros de que ele tenha sofrido maus-tratos.

"Foram retidas por [supostamente] praticar feiti�aria e acusadas pelo fato de que muitas pessoas [do vilarejo] perderam suas capacidades f�sicas e teriam perdido suas vidas", explicou � AFP a defensora p�blica Eliana Revollar.

Os fatos ocorreram em Chillia, um vilarejo remoto nos Andes, situado cerca de 700 km ao norte de Lima, com 12.000 habitantes.

"Essas pessoas foram liberadas ap�s firmar um documento no qual se comprometiam a n�o denunciar [os maus-tratos sofridos] e a n�o realizar feiti�aria", acrescentou Revollar, cujo �rg�o tomou medidas sobre o assunto juntamente com o Minist�rio P�blico.

O MP, por sua vez, informou no Twitter que "sete mulheres e um homem foram libertados ap�s serem detidos pelas patrulhas campesinas do distrito de Chillia", acusados de feiti�aria.

O �rg�o judicial abriu uma "investiga��o de of�cio pelo suposto crime contra a liberdade, com agravante, dessas pessoas", acrescentou.

Esta � a segunda den�ncia em uma semana contra as "patrulhas campesinas", organiza��es criadas h� quase meio s�culo para combater o roubo de gado e que depois se voltaram contra as incurs�es da guerrilha mao�sta Sendero Luminoso (1980-2000).

O presidente do pa�s, Pedro Castillo, um professor rural de Cajamarca, era membro das patrulhas campesinas, cujas a��es t�m amparo em normas constitucionais sobre a justi�a comunal, vigentes desde 1993.

Na semana passada, o MP abriu outra investiga��o ap�s a den�ncia de que uma equipe de reportagem de uma emissora de televis�o foi retida e amea�ada por membros de patrulhas campesinas em Cajamarca, enquanto faziam indaga��es sobre a fam�lia de Castillo.


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