"Estou aliviado: para mim, � o meu pa�s", afirmou Farah, que em 2016 recebeu o t�tulo de cavaleiro da rainha da Inglaterra por suas conquistas no atletismo.
"Nenhuma crian�a quer estar nesta situa��o. Tomaram uma decis�o por mim. Sou simplesmente grato por todas as oportunidades que tive no Reino Unido e orgulhoso de representar meu pa�s como tenho feito", acrescentou.
Farah, de 39 anos, revelou na ter�a-feira em um document�rio que chegou ilegalmente ao Reino Unido antes de ser for�ado a trabalhar como empregado dom�stico.
"A verdade � que eu n�o sou quem voc�s pensam. A maioria das pessoas me conhece como Mo Farah, mas isso n�o � verdade. Eu fui separado da minha m�e e trazido para o Reino Unido ilegalmente sob o nome de outro menino chamado Mohamed Farah", explicou o atleta em entrevista exibida pela BBC.
Sua mulher, Tania, afirmou que sentiu "tristeza" e "ira" quando soube da verdade. Segundo ela, seu marido "finalmente se permitiu sentir estes sentimentos de dor" e o document�rio foi para ele "uma forma de terapia".
Apesar das revela��es, o Minist�rio do Interior do Reino Unido confirmou na ter�a-feira que "nenhum processo judicial ser� aberto contra Sir Mo Farah e sugerir o contr�rio � falso".
Mo Farah revela no document�rio que seu pai foi assassinado na Som�lia quando ele tinha quatro anos. Sua m�e e dois irm�os vivem na regi�o separatista da Somalil�ndia, n�o reconhecida pela comunidade internacional.
Sua hist�ria � uma "lembran�a chocante dos horrores que enfrentam as pessoas que s�o traficadas e devemos continuar combatendo os criminosos que tiram proveito dos vulner�veis", disse um porta-voz de Downing Street.
No momento, o governo brit�nico tenta implementar uma pol�tica anti-imigra��o que planeja deportar os demandantes de asilo para Ruanda, estrat�gia que est� bloqueada pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos.
LONDRES