"Os partidos de centro-direita s�o a favor de um 'novo acordo' de governo e v�o contribuir para a solu��o dos problemas do pa�s, mas somente com um novo Executivo, profundamente renovado, liderado por Mario Draghi e sem a participa��o do Movimento 5 Estrelas", anunciaram os partidos em uma nota oficial.
A crise no governo come�ou na semana passada por membros antissistema que consideraram que v�rios pontos de um decreto-chave proposto por Draghi s�o contr�rios a seus princ�pios.
O desfecho ainda � incerto e s�o v�rias as solu��es poss�veis, entre elas, elei��es antecipadas em setembro ou outubro.
O primeiro-ministro italiano Mario Draghi assegurou nesta quarta-feira ao Senado que a �nica sa�da para a atual crise pol�tica pela qual a It�lia est� passando � chegar a um novo "acordo" entre as partes em disputa.
"O �nico caminho a seguir, se quisermos ficar juntos, � reconstruir um pacto (de governo) com coragem, abnega��o e credibilidade", prop�s Draghi depois de perder o apoio de um partido de coaliz�o nacional que presidiu na semana passada.
Durante seu discurso, que terminar� com uma mo��o de confian�a, Draghi alertou que "a It�lia n�o precisa mostrar confian�a aparente, que desaparece quando se trata de tomar medidas dif�ceis".
O ex-presidente do Banco Central Europeu questionou diretamente os partidos de sua ampla coaliz�o que inclui da direita � esquerda: "Voc�s, partidos e parlamentares, est�o prontos para reconstruir esse pacto? Est�o prontos para confirmar esse esfor�o que nos primeiros meses e depois ficou mais fraco?" ele perguntou.
"A resposta a essa pergunta n�o deve ser dada a mim, mas a todos os italianos", disse ele. "A It�lia � forte quando est� unida", acrescentou.
Os desafios internos (recupera��o econ�mica, infla��o, emprego) e externos (independ�ncia energ�tica, guerra na Ucr�nia) que a It�lia e a Uni�o Europeia enfrentam "exigem um governo verdadeiramente forte e unido e um Parlamento que o acompanhe com convic��o", sublinhou.
Draghi tamb�m enviou uma mensagem aos antissistema, que na semana passada retiraram o apoio a um decreto-lei fundamental, referindo-se � introdu��o de um sal�rio m�nimo, que a direita questiona e � uma das quest�es que suscita fortes disputas.
"� importante para reduzir pobreza, mas pode melhorar", frisou, uma frase interpretada como uma abertura.
No entanto, reconheceu que as disputas internas e o "desejo de se distinguir" de alguns partidos, aludindo ao antissistema do Movimento 5 Estrelas, minaram a confian�a no seu governo.
"Um primeiro-ministro que n�o foi eleito deve ter o maior apoio poss�vel. A unidade nacional � a garantia", afirmou.
Uma eventual queda do governo de unidade poderia desencadear uma onda de revolta social diante da infla��o galopante, amea�ar o gigantesco plano de recupera��o financiado pela Uni�o Europeia e alimentar o nervosismo dos mercados.
Segundo as pesquisas, a maioria dos italianos quer que Draghi permane�a no cargo, uma das raz�es pelas quais ele recuou e n�o confirmou sua ren�ncia.
O primeiro-ministro deve comparecer perante a C�mara dos Deputados na quinta-feira, de acordo com o m�todo decidido pela rep�blica parlamentar.
Ap�s a abertura do debate, em que cada partido ilustrar� sua posi��o, um voto de confian�a definir� com qual maioria conta para continuar governando ou n�o.
ROMA