Presidente cubano reconhece protestos por apag�es e pede 'compreens�o' e 'economia'

O presidente cubano, Miguel D�az-Canel, reconheceu nesta sexta-feira (22) que est�o sendo registrados em algumas comunidades da ilha apag�es el�tricos, e pediu "compreens�o" e "economia" diante de uma situa��o que n�o tem solu��o "imediata".

"H� algumas pessoas que, para expressar seu mal estar e sua incompreens�o, que � leg�tima porque est�o sendo afetados, batem panelas, vociferam express�es contra os dirigentes", afirmou D�az-Canel em uma sess�o ordin�ria da Assembleia Nacional que analisava a "extremamente complexa situa��o" que o pa�s vive em mat�ria de energia el�trica.

"Alguns aproveitam a ocasi�o para dizer palavras de ordem contra a revolu��o" e "outros participam de atos de vandalismo e lan�am pedras, quebram vidros", acrescentou o presidente.

"Os que agem dessa maneira (...) est�o respondendo ao que quer a contrarrevolu��o e ao que querem os que nos bloqueiam", disse em alus�o direta aos Estados Unidos.

Autoridades locais confirmaram h� uma semana que um grupo de pessoas realizou no meio da noite um incomum protesto com caldeiras em Los Palacios, uma cidade no oeste de Cuba, devido a um apag�o. V�deos que mostram a irrita��o de dezenas de moradores circulam nas redes sociais.

Segundo meios de comunica��o independentes, manifesta��es similares ocorreram na noite de quinta-feira no munic�pio de Jag�ey Grande, na prov�ncia de Matanzas, e em Sagua la Grande e Caibari�n, em Villa Clara.

"Nos d�i, nos incomoda que a popula��o tenha que passar por essa situa��o", e ao "povo pedimos compreens�o, e que tenha a certeza de que aqui ningu�m usa os apag�es para atrapalhar ningu�m", declarou D�az-Canel.

Ele disse ainda que o pa�s disp�e atualmente de "menos capacidade de gera��o" el�trica do que a demanda, ao que se soma que, nos �ltimos dias, de muito calor na ilha, "a demanda subiu" de forma "recorde".

Cuba, que atravessa sua pior crise econ�mica em tr�s d�cadas, com uma crescente escassez de alimentos, rem�dios e combust�veis, tamb�m enfrenta desde maio dificuldades no fornecimento energ�tico e diariamente informa sobre apag�es programados em hor�rios de pico.

V�rias de suas usinas termel�tricas sofreram panes, incluindo dois inc�ndios, ou se encontram em manuten��o.