Segundo colocado, 38 pontos atr�s do holand�s, no momento em que o Mundial de F1 chega a sua segunda metade, o piloto da Ferrari fala � AFP sobre "as batalhas no limite do regulamento" com seu rival, mas tamb�m sobre os tr�gicos acontecimentos em sua vida pessoal, que o fizeram "crescer como pessoa e piloto".
PERGUNTA: Voc� se sente como um favorito ou um 'outsider'?
RESPOSTA: "Em termos de desempenho, somos favoritos, ent�o tivemos alguns problemas que nos tornam agora mais 'outsiders' do que favoritos. Mas, ainda acredito que se fizermos tudo bem at� o final da temporada, o desempenho estar� l� para que possamos ganhar o campeonato, ent�o vou acreditar at� o fim".
P: Apesar de seu excelente in�cio de temporada, a confiabilidade e a estrat�gia da Ferrari custaram caro na corrida pelo t�tulo...
R: "Est� claro que houve muitas coisas em cinco corridas: em Barcelona est�vamos na lideran�a e quebramos o motor, em M�naco a estrat�gia, em Baku o motor, em Montreal a penalidade e depois em Silverstone a estrat�gia... Esse ac�mulo de coisas n�o foi f�cil administrar. Mas em todas elas est�vamos em posi��o de vencer, ent�o o potencial estava l�. Sempre me mantive motivado. Gosto do fato de que a primeira corrida normal desde ent�o, vencemos na �ustria. Estou confiante e, se n�o tivermos mais grandes problemas, temos a chance de alcan��-lo".
P: Como � lutar contra Verstappen, que � considerado agressivo na pista?
R: "Sempre fui um piloto agressivo tamb�m, ent�o essas batalhas n�o me incomodam. Sempre gostei dessas lutas no limite do regulamento, e � �timo que depois de todo o tempo juntos no kart h� 10-15 anos atr�s, agora estamos na F1 e lutamos por um campeonato".
P: Manter a calma em tempos dif�ceis, essa � a sua maior for�a?
R: "� claramente uma vantagem. No entanto, n�o vem naturalmente para mim. Eu tive que trabalhar muito nisso, especialmente quando eu era jovem. Eu falei muito sobre aquele centro Formula Medicine em Viareggio quando eu era mais jovem, dos dez aos quinze anos, onde faz�amos muita prepara��o mental. Nesses anos, cresci demais e isso me ajudou muito para o resto da minha carreira. � verdade que em situa��es complicadas, consegui manter a calma e isso � importante".
P: Aos 24 anos, voc� teve momentos tr�gicos em sua vida com a morte de seu pai e de dois pilotos muito pr�ximos a voc�, seu padrinho Jules Bianchi e seu amigo Anthoine Hubert. Isso te fez crescer?
R: "Sim, acho que sim. Apesar de ainda ter 24 anos, tenho uma maturidade que talvez seja diferente de alguns dos meus amigos, devido � minha trajet�ria, n�o s� profissional mas sobretudo de vida, com, infelizmente, alguns acontecimentos um pouco tristes. Mas, s�o etapas que me fizeram crescer como pessoa e como piloto, pois desenvolvi um n�vel de maturidade um pouco diferente de uma vida normal".
P: Como monegasco, que rela��o voc� tem com a Fran�a e a It�lia?
R: "Para come�ar, sou franc�fono. Quando ganhei na F�rmula 2, tocaram o hino franc�s para mim (risos). Minha maior conex�o com a Fran�a � que tudo come�ou aqui para mim no automobilismo. Comecei em Brignoles, 60 km de Le Castellet. Todas as quartas, s�bados e domingos, quando n�o tinha escola, vinha aqui com meu pai. Mas tamb�m passei boa parte da minha inf�ncia na It�lia. Depois da minha estreia na Fran�a, passei dez anos na It�lia. Cresci com os italianos na minha adolesc�ncia, ent�o sim, tamb�m me sinto italiano".
P: Como quase italiano, ganhar um t�tulo com a Ferrari � o sonho de uma vida...
R: "Claro. Simplesmente ganhar um t�tulo, mas mais ainda com a Ferrari. � uma equipe t�o m�tica, tamb�m h� muita press�o que dificulta, mas isso torna o triunfo ainda mais bonito. H� tanta paix�o no mundo pela Ferrari que sim, acho que � o sonho de todo piloto ganhar um t�tulo com a Ferrari".
FERRARI N.V.
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LE CASTELLET
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