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Estado de Minas DACAR

A vida quase imposs�vel dos LGBTQIA+ no Senegal


29/07/2022 10:55

"As pessoas aqui n�o tentam entender. Se voc� � gay: � banido, batem em voc�, entregam voc� � pol�cia. Ent�o eu fa�o o poss�vel para ficar no meu canto, tenho medo de encontrar com algu�m que me conhece e me odeia", diz Abd�, um jovem homossexual senegal�s.

Com apenas 20 anos, Abd�* recebeu amea�as de morte e foi rejeitado por sua fam�lia. Seu testemunho � o da exclus�o social e da vida quase imposs�vel para os homossexuais no Senegal.

"A situa��o est� ficando cada vez pior", diz ele. "A raiva que as pessoas t�m... n�o � algo que existia antes", afirma.

As tens�es em torno desta quest�o tabu no Senegal est�o crescendo, marcadas por um aumento da discrimina��o, segundo organiza��es dos direitos humanos.

Neste pa�s, onde 95% da popula��o � mu�ulmana, a homossexualidade � considerada um "desvio". A lei pune os chamados "atos antinaturais com pessoa do mesmo sexo" com pena de um a cinco anos de pris�o.

"A situa��o da comunidade LGTBQIA+ � muito complicada, principalmente no �ltimo ano e meio", no qual houve "uma campanha em massa" contra a homossexualidade "promovida por associa��es religiosas e conservadoras que supostamente querem restaurar os valores senegaleses", disse � AFP Usman Aly Diallo, pesquisador da Anistia Internacional para o escrit�rio da �frica do Oeste e Central.

Em maio de 2021 e em fevereiro deste ano, milhares de pessoas se manifestaram em Dacar para exigir um aumento da repress�o � homossexualidade, uma quest�o que tamb�m � instrumentalizada politicamente.

- "Tens�o lament�vel" -

Apoiados pela ONG isl�mica Jamra, 11 deputados apresentaram em dezembro de 2021 um projeto de lei que pune a homossexualidade com penas de pris�o de cinco a dez anos.

O projeto foi rejeitado pelo Parlamento porque a san��o atual foi considerada suficiente.

Para o porta-voz da ONG Mama, Mactar Gueye, a comunidade LGBTQIA+ "cria um problema" porque "come�ou a ocupar o espa�o p�blico" e a "provocar".

Segundo Gueye, o pa�s vive uma "tens�o lament�vel" e uma lei permitiria proteger "a sociedade" e tamb�m os homossexuais "da justi�a popular".

A Anistia Internacional adverte em seu �ltimo relat�rio que v�rias pessoas foram assediadas, detidas e julgadas por sua orienta��o sexual em diferentes pa�ses africanos.

No entanto, em v�rios desses pa�ses existem comunidades LGTBQIA+ que levantam a voz, algo impens�vel no Senegal.

Devido � falta de dados oficiais e � diversidade de contextos, os especialistas apontam que � dif�cil saber o n�vel de persegui��o no Senegal em compara��o com o resto da �frica.

*Nomes alterados por motivos de seguran�a.


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