O governador de Sebastopol, Mikhail Razvojayev, postou em sua conta do Telegram a seguinte mensagem: "Esta manh�, os nacionalistas ucranianos decidiram estragar o Dia da Frota Russa", que � comemorado na R�ssia neste domingo.
Ele explicou que um drone havia pousado no p�tio e relatou seis feridos entre os funcion�rios.
Todas as festividades do Dia da Frota Russa "foram canceladas por raz�es de seguran�a", disse Razvojayev, pedindo aos moradores de Sebastopol que n�o deixem suas casas "se poss�vel".
As autoridades ucranianas, por�m, negaram estar por tr�s desse ataque sem precedentes, descrevendo as acusa��es russas como "provoca��o deliberada".
O an�ncio de um "suposto ataque ucraniano � sede da frota russa em Sebastopol" � "uma provoca��o deliberada", disse Serguii Bratchuk, porta-voz da administra��o regional de Odessa (sul da Ucr�nia), em um v�deo no Telegram.
"A liberta��o da Crimeia ucraniana ocupada acontecer� de outra maneira muito mais eficiente", acrescentou.
Durante um discurso em S�o Petersburgo (nordeste da R�ssia), o presidente Vladimir Putin anunciou que sua Marinha seria equipada "nos pr�ximos meses" com um novo m�ssil de cruzeiro hipers�nico Zircon, que "n�o conhece obst�culos".
A frota russa "� capaz de infligir uma resposta devastadora a todos aqueles que decidirem atacar a nossa soberania e liberdade", assegurou Putin, ressaltando que o seus equipamentos militares "est�o sujeitos a melhorias cont�nuas".
A entrega dos m�sseis Zircon "�s For�as Armadas russas come�ar� nos pr�ximos meses", disse ele.
- "Os mais fortes" -
No sul da Ucr�nia, as autoridades de Mykolaiv garantiram, neste domingo, que a cidade havia sido alvo de intensos bombardeios russos, provavelmente "os mais fortes" desde o in�cio da guerra, que deixaram pelo menos dois mortos.
De acordo com o prefeito da cidade, Oleksandre Senkevych, "explos�es poderosas" foram ouvidas duas vezes durante esta madrugada.
O governador da regi�o, Vitali Kim, relatou duas mortes, um casal de civis.
Outros ataques atingiram as regi�es de Kharkiv (leste) e Sumy (nordeste).
Na noite de s�bado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu aos moradores da regi�o de Donetsk que deixassem a regi�o para escapar do "terror russo" e dos bombardeios neste territ�rio no leste do pa�s, em grande parte sob o controle de Moscou.
"Foi tomada uma decis�o do governo sobre a evacua��o obrigat�ria da regi�o de Donetsk", disse Zelensky em v�deo.
"Quanto mais moradores deixarem a regi�o de Donetsk agora, menos pessoas o ex�rcito russo matar�", completou.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, j� havia anunciado a evacua��o compuls�ria da popula��o de Donetsk, uma das duas regi�es administrativas da bacia industrial do Donbass onde a R�ssia est� ganhando terreno.
Ela justificou a decis�o pela destrui��o da rede de g�s e pela aus�ncia de aquecimento no pr�ximo inverno na regi�o.
Pelo menos 200.000 civis ainda vivem nos territ�rios da regi�o de Donetsk que ainda n�o est�o sob ocupa��o russa, segundo uma estimativa das autoridades ucranianas.
- "Camuflar tortura" -
Na sexta-feira, o bombardeio de um local em Olenivka - territ�rio ocupado pelos russos na regi�o de Donetsk - e usado como pris�o para soldados ucranianos capturados, deixou cerca de cinquenta mortos.
Um "crime de guerra russo deliberado", segundo Zelensky.
A autoridade ucraniana para os direitos humanos, Dmytro Lubinetsk, anunciou no s�bado que pediu � Cruz Vermelha e � Miss�o de Monitoramento de Direitos Humanos das Na��es Unidas, que em maio supervisionaram a rendi��o negociada com os russos dos defensores da f�brica de Azovstal em Mariupol (sudeste), para ir a Olenivka.
Ap�s longas semanas de cerco e resist�ncia na sider�rgica, cerca de 2.500 combatentes ucranianos se renderam e Moscou fez saber que eles seriam presos em Olenivka.
"Quando os defensores de Azovstal deixaram a f�brica, a ONU e o CICV agiram como garantidores da vida e sa�de de nossos soldados", disse Zelensky na noite de sexta-feira, pedindo � ONU e � Cruz Vermelha que "reagissem".
A R�ssia acusou as for�as ucranianas, que rejeitaram, dizendo que Moscou ou os separatistas tentavam "encobrir a tortura de prisioneiros e as execu��es perpetradas" no local.
Segundo Dmytro Lubinetsk, baseando-se na an�lise de imagens russas, "a explos�o ocorreu de dentro" da pris�o e n�o ap�s um bombardeio.
GAZPROM
KIEV