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Estado de Minas HAVANA

Governo de Cuba vai comprar d�lar na taxa informal para captar divisas


04/08/2022 00:07

O Banco Central de Cuba (BCC) informou que a partir desta quinta-feira os bancos e casas de c�mbio come�ar�o a comprar d�lar ao pre�o de 120 pesos cubanos, taxa semelhante � do mercado informal, uma medida destinada a captar divisas.

"Consideramos que a taxa de 120 pesos cubanos por d�lar, moeda usada como base para estabelecer a taxa de c�mbio para o restante das moedas, � a taxa que consideramos que ter� mais expectativa", expressou a presidente do banco, Marta Sabina Wilson, no programa da TV estatal "Mesa Redonda".

A moeda disparou no mercado informal depois que, em janeiro de 2021, Cuba implementou uma reforma financeira que fixou o d�lar em 24 pesos e, quatro meses depois, suspendeu a venda de d�lares � popula��o por falta de liquidez. Desde ent�o, a moeda americana chegou a ser negociada no mercado negro a 124 pesos. Hoje, valia 115, segundo o ve�culo independente El Toque, considerado ilegal em Cuba.

No momento, apenas as institui��es financeiras ir�o adquirir a moeda americana. No futuro, a popula��o tamb�m poder� comprar d�lares. "A taxa de 120 pesos por d�lar n�o � de equil�brio, � apenas para a compra. Quando come�armos a vender, ser� definida uma taxa de c�mbio equilibrada", explicou Marta Sabina.

A nova paridade ser� dirigida � popula��o em geral e aos turistas, acrescentou a funcion�ria. Dessa forma, permanecer�o em vigor duas taxas de c�mbio.

O ministro da Economia, Alejandro Gil, explicou que a paridade oficial, de 24 pesos, continuar� em vigor para transa��es internas da economia cubana. "Esse passo n�o tem impacto algum no funcionamento do setor empresarial. O c�mbio oficial ser� mantido" para as empresas mistas, estatais e outras opera��es financeiras, afirmou.

- Caminho incompleto -

O ministro ressaltou que "h� um n�vel de moedas que entram no pa�s que n�o est� sendo captado pelo sistema financeiro nacional oficial, est� sendo movimentado em outro mercado, o mercado com grau de informalidade", de modo que o governo precisa "encontrar uma forma de captar essas divisas e investi-las".

Parte importante da popula��o cubana recebe d�lares enviados do exterior por parentes ou de servi�os oferecidos a turistas que visitam a ilha. Frequentemente, eles s�o trocados no mercado informal.

Para o economista cubano Omar Everleny P�rez, essa medida das autoridades para reorientar a economia � "um caminho incompleto, que pode gerar mais problemas, uma vez que a taxa de c�mbio informal ir� disparar. Tamb�m haver� uma circula��o monet�ria maior, e os pre�os podem aumentar um pouco mais."

Com uma crescente escassez de alimentos, rem�dios e combust�vel, Cuba enfrenta sua pior crise econ�mica em 30 anos, devido aos efeitos da pandemia e ao aperto do embargo econ�mico que os Estados Unidos aplicam contra a ilha h� 60 anos. O an�ncio tamb�m surge no momento em que a ilha enfrenta s�rias dificuldades para gerar energia, com apag�es prolongados em todo o pa�s, que irritam a popula��o e provocaram protestos incomuns em diferentes prov�ncias.


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