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Estado de Minas BUENOS AIRES

Argentina enfrenta insatisfa��o dos mercados e movimentos populares ap�s an�ncios econ�micos


04/08/2022 18:14

Os an�ncios de disciplina fiscal e austeridade feitos pelo ministro da Economia argentino, Sergio Massa, deixaram os analistas de mercado insatisfeitos, enquanto movimentos sociais manifestaram preocupa��o com as medidas, que "deixam de lado os mais negligenciados", observaram.

Em suas primeiras declara��es como ministro, Massa ratificou a meta de redu��o do d�ficit fiscal acordada com o FMI e se comprometeu a combater a infla��o galopante no pa�s.

A Argentina se comprometeu com a redu��o do d�ficit nas finan�as p�blicas em um acordo de 44 bilh�es de d�lares com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI). A meta � baix�-lo de 3% do PIB, que atingiu em 2021, para 2,5% este ano; depois para 1,9% em 2023 e 0,9% em 2024.

O novo ministro enfrenta ainda outro desafio central: aumentar as reservas internacionais dispon�veis, que os analistas dizem estar em n�veis cr�ticos. Para isso, Massa anunciou um acordo com os exportadores para antecipar as vendas, em busca da entrada de cerca de 5 bilh�es de d�lares nos cofres do Banco Central nos pr�ximos 60 dias.

A cota��o do "d�lar blue", negociado no mercado informal, reagiu com uma leve queda, para 291 pesos por d�lar, ap�s alcan�ar em julho o recorde de 350 pesos. A Bolsa de Buenos Aires se manteve est�vel e os t�tulos da d�vida come�aram o dia em alta em Wall Street, mas depois retrocederam.

"Dado o n�vel de expectativa gerado, a sensa��o do mercado � de que as medidas s�o insuficientes. O denominador comum em todos os relat�rios dos bancos de investimento � de que a bateria de an�ncios ficou aqu�m quando se tratou de dar consist�ncia � macroeconomia, especialmente nas frentes cambial e de reservas, onde praticamente n�o houve defini��es", disse � AFP o economista Nery Persichini, da consultoria GMA Capital. "A queda intraday dos t�tulos, na contram�o da d�vida emergente, seria um reflexo desse desencanto", acrescentou.

- Reivindica��es sociais -

Embora Massa tenha enumerado entre as prioridades de sua gest�o a redistribui��o da riqueza, seus an�ncios foram recebidos com preocupa��o por movimentos sociais e benefici�rios de subs�dios p�blicos, que se manifestaram hoje em frente ao Minist�rio da Economia.

"N�o houve o menor an�ncio para os setores sociais mais negligenciados", lamentou a Frente P�tria Grande, at� agora aliada da coaliz�o governista Frente de Todos (peronismo de centro-esquerda).

J� Silvia Saravia, l�der da organiza��o popular Barrios de Pie, considerou que Massa mostrou "uma continuidade" em rela��o aos antecessores Mart�n Guzm�n e Silvina Batakis, e criticou o mesmo por ter reafirmado que ir� cumprir o acordado com o FMI.

Massa prometeu melhores rendimentos para os trabalhadores do setor privado e aposentados, mas, em rela��o �s organiza��es sociais, anunciou apenas auditorias em seus benef�cios, visando a uma reorganiza��o.

"Ele tem que dar ajuda a todos. Tem muita gente que � aut�noma ou n�o tem trabalho, tem que dar a todos os que necessitam", opinou Jonathan, um dos manifestantes em frente ao Minist�rio da Economia.

A Argentina registra um dos maiores �ndices de infla��o do mundo, com 36,2% no primeiro semestre de 2022. A pobreza chega a 37% de seus 47 milh�es de habitantes.

"Tendo em vista a volatilidade pol�tica elevada no pa�s, a Moody's espera um apoio geral escasso �s pol�ticas de austeridade antes das elei��es presidenciais de 2023, o que seguir� debilitando a capacidade do pa�s de cumprir as metas do FMI, especialmente em mat�ria fiscal", concluiu Gabriel Torres, da ag�ncia de classifica��o de risco Moody's.


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