
O governo brit�nico declarou estado de seca nesta sexta-feira (12/8) em grande parte da Inglaterra, atingida por uma onda de calor que tamb�m est� afetando grande parte da Europa e do norte da �frica.
A medida, declarada pela primeira vez desde 2018, surge em meio a uma onda de calor no Reino Unido, a segunda neste ver�o em um pa�s n�o acostumado a altas temperaturas.
O estado de seca obriga as companhias de �gua a elaborarem planos de conting�ncia para lidar com a escassez e proibir a irriga��o, lavagem de carros e enchimento de piscinas privadas.
O Reino Unido experimentou o m�s de julho mais seco j� registrado em certas regi�es e o primeiro semestre mais seco desde 1976.
A nascente do T�misa, o rio que atravessa Londres, secou e seu curso come�a apenas cerca de oito quil�metros abaixo.
Um alerta laranja para "calor extremo" est� em andamento desde quinta-feira em quase todo o sul da Inglaterra e parte do Pa�s de Gales e deve durar at� esta sexta-feira, segundo o escrit�rio nacional de meteorologia, o Met Office.
Mas o calor recorde de 40,3°C em 20 de julho n�o deve ser superado.
"Estamos mais preparados do que nunca para o clima quente, mas continuaremos monitorando de perto a situa��o, incluindo o impacto sobre os agricultores e o meio ambiente, e tomaremos medidas adicionais, se necess�rio", disse o secret�rio de �gua, Steve Double.
Nos parques de Londres e em grande parte do pa�s, o verde da grama se transformou em um amarelo palha com um ch�o empoeirado.
Em outros pa�ses europeus, a onda de calor multiplicou os inc�ndios florestais.
Os cientistas garantem que essas ondas de calor se multiplicar�o e se prolongar�o devido ao aquecimento global.
- Florestas queimadas -
V�rios focos de inc�ndio permanecem ativos nesta sexta-feira no territ�rio franc�s, incluindo � beira-mar no sudoeste, no centro montanhoso.
Os quase 1.100 bombeiros franceses mobilizados na quinta-feira receberam a ajuda de 361 soldados de pa�ses europeus vizinhos, como Alemanha, Pol�nia, �ustria e Rom�nia, al�m de v�rios avi�es-tanque da Uni�o Europeia.
No Gironde (sudoeste), as chamas queimaram 7.400 hectares desde ter�a-feira, e dez mil pessoas foram retiradas, algumas pela segunda vez at� agora neste ver�o.
E a luta n�o est� ganha.
"Hoje pode ser um dia complicado, pois as temperaturas continuam subindo", disse Ronan L�austic, vice-prefeito de Arcachon, uma est�ncia tur�stica a 50 quil�metros de Bordeaux.
No total, mais de 40.000 hectares foram queimados este ano na Fran�a, segundo as autoridades, enquanto as medi��es de sat�lite apontam para 50.000 hectares.
Em Portugal, cerca de 1.500 bombeiros tentam combater um inc�ndio que est� ativo h� quase uma semana, que destruiu cerca de 10.000 hectares no parque natural da Serra da Estrela (centro).
As chamas, que destru�ram �reas florestais "�nicas", causaram "danos irrepar�veis", lamentou o presidente da associa��o ambientalista Zero, Francisco Ferreira, no canal p�blico RTP.
Tanto a Fran�a como Portugal foram afetados este ver�o por uma seca hist�rica que os obrigou a restringir o uso da �gua.
Portugal teve o julho mais quente em quase um s�culo e na Fran�a as chuvas foram 84% inferiores ao habitual durante o per�odo 1991-2020.
A seca atinge duramente regi�es do lado sul do Mediterr�neo, como Marrocos. Ouled Essi Masseoud, uma cidade outrora f�rtil localizada entre Casablanca e Marrakech, agora est� seriamente afetada pelo estresse h�drico que amea�a todo o pa�s.