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Estado de Minas TEER�

Ir� nega "categoricamente" qualquer v�nculo com o agressor de Salman Rushdie


15/08/2022 07:47

Ap�s dias de sil�ncio, o governo do Ir� negou nesta segunda-feira (15) "categoricamente" qualquer v�nculo com o agressor que esfaqueou na sexta-feira, nos Estados Unidos, o escritor brit�nico Salman Rushdie, autor do livro "Os Versos Sat�nicos", 33 anos depois da fatwa do aiatol� Ruhollah Khomeini que condenou o autor � morte.

"Negamos categoricamente qualquer rela��o entre o agressor e o Ir�. E ningu�m tem o direito de acusar a Rep�blica Isl�mica", afirmou Naser Kanani, porta-voz do minist�rio das Rela��es Exteriores.

Esta foi a primeira rea��o oficial de Teer� ao ataque contra o autor de 75 anos, ocorrida no anfiteatro de um centro cultural em Chautauqua, no estado de Nova York.

"Neste ataque, n�o consideramos ningu�m al�m de Salman Rushdie e seus apoiadores dignos de culpa e at� de condena��o", disse Kanani durante sua entrevista coletiva semanal em Teer�.

"Ao insultar os temas sagrados do Isl� e ultrapassar as linhas vermelhas de mais de 1,5 bilh�o de mu�ulmanos e todos os seguidores das religi�es divinas, Salman Rushdie se exp�s � ira e � raiva das pessoas", acrescentou.

Hospitalizado com ferimentos graves ap�s o ataque, o escritor brit�nico est� melhorando, segundo a fam�lia. Ele n�o precisa mais da ajuda de aparelhos para respirar e iniciou a recupera��o, informou seu agente liter�rio Andrew Wylie.

- "Revolta de milh�es" -

Salman Rushdie, que nasceu em 1947 na �ndia em uma fam�lia de intelectuais mu�ulmanos n�o praticantes, incendiou parte do mundo mu�ulmano com a publica��o em 1988 de "Os Versos Sat�nicos", livro considerado uma blasf�mia pelos mais rigorosos, que consideraram que a obra insultava o Alcor�o e o profeta Maom�.

O fundador da Rep�blica Isl�mica emitiu em 1989 uma fatwa que pedia a morte de Rushdie, que viveu durante anos com prote��o policial.

A fatwa contra o escritor nunca foi retirada e v�rios tradutores de sua obra foram alvos de ataques, incluindo o esfaqueamento que matou seu tradutor japon�s em 1991.

"A ira mostrada no momento (...) n�o se limitou ao Ir� e � Rep�blica Isl�mica. Milh�es de pessoas em pa�ses �rabes, mu�ulmanos e n�o mu�ulmanas reagiram com revolta ao trabalho de Salman Rushdie", afirmou o porta-voz da diplomacia iraniana.

Kanani considerou "completamente contradit�rio condenar a a��o do agressor e absolver a a��o do que insulta os temas sagrados e isl�micos ao mesmo tempo".

O agressor, Hadi Matar, � um jovem americano de origem libanesa de 24 anos, que foi acusado de "tentativa de assassinato e agress�o". Ele se declarou "inocente" das acusa��es.

O secret�rio de Estado americano, Antony Blinken, disse no domingo que a imprensa estatal iraniana estava "celebrando" o ataque ao intelectual.

"� desprez�vel", afirmou em um comunicado.

O jornal ultraconservador iraniano Kayhan elogiou Matar ao ressaltar "este homem corajoso e consciente do dever que atacou o ap�stata e vicioso Salman Rushdie".

O Javan, outro jornal ultraconservador, escreveu no domingo que este � um compl� dos Estados Unidos com a "prov�vel" inten��o de "propagar a islamofobia no mundo".

No Ir� o tema � delicado. V�rias pessoas entrevistadas pela AFP nos �ltimos dias em Teer� se recusaram a comentar sobre o ataque a Salman Rushdie, enquanto outros celebraram a agress�o.


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