"Estamos frente a atos de enorme barb�rie e irracionalidade como o de colocar estes explosivos nas ruas, o que estamos vivendo preocupa muito al�m das liga��es com organiza��es criminosas", expressou Carrillo durante uma visita ao popular bairro Cristo del Consuelo, onde ocorreu a explos�o.
O bairro amanheceu bloqueado por cord�es de seguran�a e patrulhado por dezenas de agentes. Os militares ocuparam as ruas ap�s a declara��o de estado de exce��o no Distrito Metropolitano de Guayaquil (sudoeste), que inclui as vizinhas Dur�n e Samborond�n.
O decreto divulgado nesta segunda-feira informou que Guayaquil, com 2,8 milh�es de habitantes, � "a regi�o com maior n�mero de homic�dios intencionais" do pa�s, com 32,5% dos casos. Somente neste ano, 861 pessoas foram assassinadas na cidade, eixo econ�mico da na��o.
A explos�o do domingo se deu a partir de materiais "caseiros" e "artesanais", matando cinco pessoas -sem antecedentes criminais- e ferindo 17, das quais duas est�o em estado grave, segundo o ministro.
- "Solu��o paliativa" -
No domingo, duas pessoas a bordo de uma moto lan�aram um pacote com os explosivos em seu interior. A explos�o destruiu as paredes de casas pr�ximas e danificou quatro ve�culos e uma moto.
Este n�o foi o primeiro ataque com explosivos no pa�s. Entre janeiro e agosto a pol�cia reportou 145, dos quais 72 ocorreram no distrito de Guayaquil.
Ap�s o incidente de domingo, Carrillo apontou que se tratava de um ataque de "mercen�rios do crime organizado" e o considerou "uma declara��o de guerra ao Estado".
O governo ofereceu 10 mil d�lares para quem fornecer informa��es sobre o caso e declarou estado de exce��o em Guayaquil, e Dur�n e Samborond�n como "zona de seguran�a". A medida tamb�m suspende os direitos de liberdade de associa��o e de inviolabilidade de domic�lio.
O estado de exce��o "� uma solu��o paliativa", comentou � AFP Carolina Andrade, ex-subsecret�ria de Intelig�ncia. O governo determinou em abril a mesma medida nas prov�ncias de Guayas (cuja capital � Guayaquil), Esmeraldas e Manab� devido � a��o do narcotr�fico.
Para a cientista pol�tica e analista de seguran�a, o governo n�o conseguiu abordar o crime organizado de uma forma estrutural.
"Quando n�o h� acesso aos servi�os do Estado, o narcotr�fico se faz presente e toma seu lugar, por isso � importante a preven��o", afirmou.
Billy Navarrete, diretor da Comiss�o Permanente para os Direitos Humanos, compartilha a opini�o, ao afirmar que "as respostas aos �ltimos acontecimentos criminais no pa�s t�m sido bastante anacr�nicas e se limitam a refor�ar o controle policial e militar".
Ap�s a �ltima explos�o, a pol�cia realizou opera��es em Cristo del Consuelo e deteve cinco pessoas por delitos como posse de armas. Os agentes tamb�m apreenderam armas, drogas e explosivos.
Localizado entre a Col�mbia e o Peru, os maiores produtores mundiais de coca�na, o Equador j� aprendeu mais de 100 toneladas de droga no primeiro semestre deste ano.
QUITO