Junto com dois jornalistas tamb�m dos Estados Unidos, os advogados denunciam que a CIA violou o direito constitucional � prote��o de conversas confidenciais, neste caso do australiano Assange.
Eles afirmam que a CIA trabalhou com uma empresa de seguran�a contratada pela embaixada do Equador em Londres, onde Assange vivia na �poca, para espionar o ativista, seus advogados, jornalistas e outras pessoas com quem ele se reunia.
Assange foi detido pela pol�cia brit�nica em 2019 ap�s se refugiar durante sete anos na embaixada equatoriana. Desde ent�o est� preso em Belmarsh, pr�ximo � capital da Inglaterra.
Em 17 de junho, o governo brit�nico anunciou a assinatura de um decreto para sua extradi��o aos Estados Unidos, mas Assange recorreu da decis�o.
Os Estados Unidos o acusam de publicar em 2010 documentos militares e diplom�ticos relacionados �s guerras do Afeganist�o e do Iraque. Se condenado, ele pode receber uma pena de at� 175 anos de pris�o.
Robert Boyle, o advogado de Nova York que representa os demandantes, disse que a suposta espionagem dos juristas significa que o direito do australiano a um julgamento justo "foi contaminado, se n�o destru�do".
'A grava��o de reuni�es com amigos, com advogados e a c�pia das informa��es digitais de seus defensores e amigos contamina o processo penal porque agora o governo conhece o conte�do dessas comunica��es", alegou Boyle � imprensa.
'� preciso haver san��es, at� mesmo a exonera��o dessas acusa��es ou a retirada do pedido de extradi��o, em resposta a essas atividades flagrantemente inconstitucionais", acrescentou.
A a��o judicial foi iniciada pelas advogados Margaret Ratner Kunstler e Deborah Hrbek e os jornalistas Charles Glass e John Goetz. Todos visitaram o fundador da WikiLeaks enquanto ele morava na embaixada equatoriana em Londres sob asilo pol�tico.
O processo cita a CIA, o ex-diretor da ag�ncia, o ex-secret�rio de Estado americano Pompeo, a empresa de seguran�a Undercover Global e seu diretor executivo David Morales Guill�n.
Segundo a a��o, a Undercover Global, que tinha um contrato de seguran�a com a embaixada desde 2017, se apropriou de informa��es de seus dispositivos eletr�nicos e as forneceu � CIA. Tamb�m teria instalado microfones pela embaixada e enviado � ag�ncia as grava��es, al�m de imagens de c�meras de seguran�a.
Pompeo, por sua vez, "estava a par e aprovou" essa coleta de informa��es, aponta um documento judicial.
Tudo isso, de acordo com os advogados, viola as prote��es � privacidade dos cidad�os americanos.
WASHINGTON