"Regeneration: Black Cinema 1898-1971 (Regenera��o: o cinema afro-americano 1898-1971"), inaugurada no domingo no Museu da Academia de Artes em Los Angeles, relembra momentos-chave na hist�ria do cinema afro-americano que foram ignorados pelos principais est�dios de Hollywood e pelo p�blico at� que ca�ram no esquecimento.
Imagens de 1898 encontradas recentemente mostram artistas negros de vaudeville (g�nero teatral) e contam a quase desconhecida hist�ria dos "race films" - centenas de filmes independentes feitos por afro-americanos, com negros e para negros, em uma �poca na qual as salas de cinema eram locais de segrega��o.
"Est� pronto para ouvir um segredo? N�s, os pretos, sempre estivemos presentes no cinema americano, desde o in�cio. N�o como estere�tipos mas como criadores, inovadores e com um p�blico �vido", disse em coletiva de imprensa a cineasta indicada ao Oscar Ava DuVernay.
Entre os objetos expostos est�o o hist�rico Oscar de melhor ator obtido por Poitier em 1964 por "Uma Voz na Sombras", os sapatos usados por Nicholas Brothers, um trompete tocado por Louis Armstrong e o figurino de Sammy Davis Jr em "Porgy and Bess".
A ideia da exibi��o surgiu em 2016, quando curadores encontraram no grande arquivo da Academia os primeiros cartazes de divulga��o de filmes com "elenco totalmente afrodescendente".
- Cowboys pretos -
O p�blico pode ver imagens cuidadosamente restauradas destes filmes, incluindo o musical de faroeste "Harlem on the Prairie", os gangsteres de "Dark Manhattan" e a com�dia "Mr Washington Goes To Town".
Muitas produ��es se perderam para sempre e seus cartazes s�o "uma esp�cie de prova de que existiram", explica a cocuradora, Rhea Combs.
Enquanto os filmes de maior sucesso em Hollywood colocavam os negros em papeis como "mordomos e bab�s", os "race films" os faziam brilhar como "advogados, m�dicos e cowboys", conta Berger.
"Esta � uma prova de que (Hollywood) pode ter sido muito mais enriquecedor e emocionante".
A exibi��o tamb�m retrata a ascens�o do g�nero Blaxplotation (explora��o negra) no in�cio da d�cada de 1970, que teve como pioneiro Melvin Van Peebles, que, como Poitier, morreu meses antes da inaugura��o da exposi��o.
A exposi��o � um grande evento para a Academia, que nos �ltimos anos teve que lidar com acusa��es de falta de diversidade. Um movimento nascido em 2015, #OscarsSoWhite (Oscar muito branco), tamb�m a criticou pela escassez de indicados negros. Desde ent�o, o cinema se esfor�a para cumprir a promessa para multiplicar o n�mero de negros, mulheres e minorias.
LOS ANGELES