"O governo vai revogar [a lei] e descriminalizar o sexo entre homens. Acho que � a coisa certa a fazer, e algo que a maioria dos singapurenses aceitar� agora", disse ele em um discurso pol�tico.
Lee acrescentou que os costumes mudaram desde 15 anos atr�s, quando o governo decidiu deixar a lei em vigor.
Os homens homossexuais "agora s�o mais aceitos" localmente, especialmente entre os jovens de Singapura, disse ele. A revoga��o "colocar� a lei em sintonia com os costumes sociais atuais e espero que d� um respiro aos singapurenses gays", estimou Lee.
A lei, heran�a da �poca colonial brit�nica, criminaliza as rela��es sexuais entre homens com at� dois anos de pris�o.
Ativistas dos direitos homossexuais h� muito tempo argumentam que a lei vai contra a cultura da cidade-Estado cada vez mais moderna e, no passado, entraram com dois processos para derrub�-la, sem sucesso.
Ainda assim, Lee afirmou que o governo est� ciente de que "a maioria dos singapurenses n�o quer que a revoga��o [da lei] leve a uma mudan�a dr�stica em nossas normas sociais", incluindo a defini��o de casamento e como o casamento � ensinado nas escolas.
"Portanto, mesmo que revoguemos [a lei], vamos defender e proteger a institui��o do casamento", disse ele, lembrando que, sob a lei atual, Singapura "s� reconhece os v�nculos matrimoniais entre um homem e uma mulher".
- "Al�vio" -
O governo vai alterar a Constitui��o para proteger a defini��o atual de casamento de ser contestada constitucionalmente no tribunal, acrescentou o presidente.
A primeira tentativa de anula��o da lei foi rejeitada em 2014 e em fevereiro passado, o Tribunal de Apela��o negou um segundo recurso.
Defensores dos direitos LGBTQIA+ expressaram "al�vio" com a decis�o do governo.
"A revoga��o da Se��o 377A � o primeiro passo no longo caminho para a igualdade total para as pessoas LGBTQ+ em Singapura", disseram em uma declara��o conjunta assinada por mais de 20 grupos.
Mas "o verdadeiro impacto da revoga��o ser� determinado pela forma como os singapurenses respondem a ela e tratam uns aos outros, nos pr�ximos dias e meses", acrescentaram.
Os ativistas tamb�m se referiram aos planos do governo de consagrar a defini��o de casamento entre um homem e uma mulher na Constitui��o de Singapura.
"Qualquer movimento do governo para introduzir mais legisla��o ou emendas constitucionais que destaquem as pessoas LGBTQ+ como cidad�os desiguais � decepcionante", afirmaram.
SINGAPURA