"Acredito que posso liderar um governo com pessoas que n�o tem patr�o e que n�o podem ser chantageadas. Por onde vamos, eles sabem que n�o nos deixamos intimidar, chantagear ou comprar", declarou Meloni em seu primeiro ato de campanha.
"N�o tenho medo", "nem sinto �dio", "e voc�s, est�o prontos?", clamou em tom desafiador a pol�tica romana, de 45 anos, que poderia tornar-se a primeira mulher a assumir a chefia de governo na It�lia.
Meloni, com um passado de militante neofascista e uma rela��o controversa com o regime de Benito Mussolini (1922-1945), escolheu lan�ar sua campanha no porto de Ancona, com cerca de 100.000 habitantes, capital da regi�o de Marcas, cujo presidente, Francesco Acquaroli, � membro do seu partido.
"Ela � uma pessoa simples e gentil que tem ideias claras (...) sobre emprego, pens�es, sobre tudo", disse Paolo Berardi � AFP, cercado por bandeiras azuis e brancas com a chama verde-branca-vermelha, s�mbolo dos neofascistas.
"Gosto dela porque � uma mulher, enfim uma mulher, e uma pessoa direta, que n�o fala a linguagem da pol�tica", diz com entusiasmo Dora, uma senhora de 60 anos de Monza (norte), que n�o quis informar seu sobrenome.
Meloni conseguiu encarnar a insatisfa��o e as esperan�as frustradas de muitos italianos e tem boas chances de deixar de ser uma eterna membro da oposi��o para governar a terceira maior economia da zona do euro.
"Estamos prontos (...) Mostramos isso aqui em Marcas. Porque a esquerda n�o d� respostas h� d�cadas", clamou a l�der de extrema direita, ovacionada pelos apoiadores.
Embora as pesquisas a coloquem em um empate t�cnico com o Partido Democrata (cerca de 24% dos votos cada), o sistema de vota��o favorece a alian�a que Meloni selou com o Forza It�lia (direita), do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, e com a Liga, do l�der de extrema-direita Matteo Salvini.
A coaliz�o de direita somaria assim cerca de 46% dos votos, muito � frente da esquerda, que somaria cerca de 30%.
ANCONA