Nos �ltimos anos, ativistas LGBTQIA+ conseguiram v�rias vit�rias jur�dicas contra a discrimina��o, o que foi incorporado �s leis de Hong Kong.
Mas a decis�o desta quarta-feira de um tribunal de apela��es significa que n�o ser� poss�vel obter o levantamento da atual proibi��o ao casamento homoafetivo nos tribunais.
A apela��o foi apresentada pelo ativista Jimmy Sham, que em 2013 se casou nos Estados Unidos com seu parceiro e tenta fazer com que a rela��o seja reconhecida legalmente em Hong Kong, onde vivem hoje.
Sham tamb�m � um ativista pr�-democracia e, como dezenas de outros, est� preso � espera de ser processado sob uma lei de seguran�a nacional que a China imp�s a Hong Kong para erradicar a dissid�ncia ap�s os grandes protestos de 2019.
Tr�s ju�zes determinaram nesta quarta-feira que a Lei B�sica, a miniconstitui��o de Hong Kong, "reconhece apenas casamentos heterossexuais", sendo assim, somente os casais heterossexuais podem ter o reconhecimento de seu casamento no exterior.
Segundo os ju�zes, se os casamentos homoafetivos do exterior forem reconhecidos, isto "criaria uma incompatibilidade inerente" entre eles e os casais homossexuais que n�o podem se casar legalmente em Hong Kong.
A decis�o poder� ser revertida apenas no Tribunal de Apela��o Final de Hong Kong, mas n�o est� claro se Sham continuar� a batalha jur�dica depois da rejei��o da Justi�a em duas ocasi�es.
No entanto, algumas pequenas vit�rias foram conquistadas nos �ltimos anos em Hong Kong.
Entre elas, um casal de l�sbicas estrangeiras obteve vistos conjugais. A Justi�a tamb�m reconheceu que o parceiro homossexual de um oficial de imigra��o deve ter os mesmos benef�cios que os casais heterossexuais.
Pesquisas mostram que cada vez mais habitantes de Hong Kong, especialmente os mais jovens, apoiam os direitos homossexuais, enquanto um n�mero crescente de empresas internacionais tem apoiado campanhas a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, argumentando que isso facilita a atra��o de talentos.
Mas as autoridades de Hong Kong, apoiadas por Pequim, mostraram pouco interesse em aprovar leis que proporcionem igualdade para os habitantes LGBTQIA+.
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