Os locais de vota��o, que tinham aberto as portas �s 07h locais (03h de Bras�lia) come�aram a fechar progressivamente antes do hor�rio previsto, �s 18h locais (14h de Bras�lia), segundo jornalistas da AFP.
A apura��o come�ou imediatamente. O processo eleitoral � acompanhado por observadores estrangeiros, que chegaram ao pa�s nas �ltimas semanas.
"As elei��es s�o um sucesso e transcorreram de maneira exemplar", comemorou a Comiss�o Eleitoral durante coletiva de imprensa � noite.
O pa�s tem 14 milh�es de eleitores registrados, que devem escolher entre oito partidos pol�ticos.
O candidato do partido vencedor nas legislativas tomar� posse como presidente.
As elei��es s�o consideradas as mais disputadas da hist�ria da ex-col�nia portuguesa, mas, de acordo com as pesquisas mais recentes, o governante Movimento Popular para a Liberta��o de Angola (MPLA) deve triunfar novamente.
Neste caso, o presidente Jo�o Louren�o, de 68 anos, ter� um segundo mandato.
Seu principal advers�rio � Adalberto Costa J�nior, de 60 anos, do ex-movimento rebelde de direita Uni�o Nacional para a Independ�ncia Total de Angola (UNITA).
A UNITA fez campanha com a promessa de reformas para lutar contra os flagelos da pobreza e da corrup��o. "ACJ", como o l�der do partido � chamado, conseguiu encarnar para muitos angolanos as esperan�as de "mudan�a" em um pa�s com grandes dificuldades econ�micas.
Antes de entrar no local de vota��o, Lindo, um eletricista de 27 anos, disse � AFP que votaria na UNITA.
"H� 20 anos que o pa�s est� em paz e continuamos na pobreza. Em Angola n�o h� uma verdadeira democracia, o MPLA controla tudo", disse Lindo.
ACJ tamb�m conquistou a simpatia de boa parte dos jovens nas grandes cidades, uma faixa et�ria que n�o tem a lealdade dos mais velhos ao MPLA.
Este movimento, identificado durante d�cadas com a luta pela independ�ncia, teve a imagem corro�da pela corrup��o que marcou a longa presid�ncia de Jos� Eduardo dos Santos (1979-2017).
O ex-presidente, que faleceu em julho na Espanha e que teve o corpo repatriado no s�bado passado para Angola, foi acusado de desviar bilh�es de d�lares para beneficiar parentes e amigos.
A faixa et�ria de 10 a 24 anos representa um ter�o da popula��o do pa�s de quase 34 milh�es de habitantes.
"N�o h� democracia com um partido �nico no poder", declarou Costa J�nior em um com�cio em Luanda na segunda-feira.
- Temor de fraudes -
"A diferen�a ser� a menor da hist�ria", prev� Eric Humphery-Smith, analista da consultoria brit�nica Verisk Maplecroft.
Mas com um partido no poder que controla o processo eleitoral e os meios de comunica��o p�blicos, a oposi��o e parte da opini�o p�blica temem a possibilidade de fraude.
Em 2017, Jo�o Louren�o foi eleito com 61% dos votos, com a marca de sucessor designado de Santos.
Ap�s a vit�ria nas urnas, ele rapidamente se afastou do ex-presidente e iniciou, para surpresa de todos, uma ampla opera��o anticorrup��o. Tamb�m afastou pessoas ligadas a Santos de cargos importantes no governo.
O atual presidente espera vencer gra�as ao balan�o dos cinco anos de governo, per�odo em que, depois de herdar uma economia dependente do petr�leo e em grave recess�o, iniciou reformas ambiciosas para diversificar as fontes de receita e privatizar empresas p�blicas.
"Criamos e reestruturamos nossa economia", disse o presidente e candidato em um com�cio no fim de semana passado.
A repatria��o do corpo do ex-presidente Jos� Eduardo dos Santos, que ser� sepultado no domingo, pode favorecer Louren�o.
Os resultados s� devem ser anunciados v�rios dias ap�s as elei��es, mas em caso de impugna��o a demora pode ser ainda maior.
No entanto, a lei, segundo a Comiss�o Eleitoral, prev� "a possibilidade de dar resultados provis�rios".
LUANDA