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Estado de Minas PARIS

A morte de Diana: uma semana de luto que chocou a monarquia brit�nica


25/08/2022 16:02

H� um quarto de s�culo, em 31 de agosto de 1997, Diana, princesa de Gales, morreu aos 36 anos em um acidente de carro em Paris.

Na semana que antecedeu seu funeral espetacular, o Reino Unido foi tomado por uma tristeza popular sem precedentes que abalou uma monarquia vista por alguns como indiferente.

Segue um resumo dessa semana:

- Acidente em alta velocidade -

Divorciada h� um ano do herdeiro do trono, o pr�ncipe Charles, Diana e seu novo companheiro, o rico empres�rio eg�pcio Dodi Fayed, s�o assediados pela imprensa durante suas f�rias de ver�o no Mediterr�neo.

Eles chegam a Paris na tarde de 30 de agosto e jantam naquela noite no hotel Ritz, de propriedade de Mohamed al Fayed, pai do amante de Lady Di.

Eles tentam sair discretamente em uma Mercedes pela porta dos fundos logo ap�s a meia-noite. Perseguido por paparazzi em motocicletas, o carro bate em alta velocidade contra uma coluna em uma passagem subterr�nea perto da Pont de l'Alma, na margem norte do rio Sena, em frente � Torre Eiffel.

Fayed e seu motorista, que tinha alto n�vel de �lcool no sangue, morrem instantaneamente.

Seu guarda-costas fica gravemente ferido. Os socorristas conseguem tirar Diana da Mercedes retorcida.

Sete fot�grafos s�o presos. As imagens do acidente s�o oferecidas por fortunas aos jornais.

Diana � transferida para o hospital Pitie-Salpetriere onde, ap�s duas horas de cirurgias, morre �s 04:00 devido a graves ferimentos no t�rax. A fam�lia real � oficialmente informada.

A rainha Elizabeth II, seu marido, o pr�ncipe Philip, o pr�ncipe Charles e seus dois filhos, William (15) e Harry (12), estavam passando o ver�o em Balmoral, a resid�ncia de f�rias da monarca na Esc�cia.

- "A princesa do povo" -

O Reino Unido acorda de luto. Londrinos aos prontos come�am a colocar flores em frente ao Pal�cio de Buckingham e ao Pal�cio de Kensington, a resid�ncia da princesa.

Tony Blair, o novo primeiro-ministro trabalhista, presta uma comovente homenagem � "princesa do povo".

A fam�lia real, como de costume, assiste � missa no domingo de manh�. O nome de Diana n�o � mencionado durante o culto por medo de perturbar seus filhos.

A fam�lia discute como tratar Diana em sua morte, j� que ela n�o � mais membro da fam�lia real.

Charles insiste em usar o avi�o real para buscar o corpo pessoalmente, contrariando o desejo inicial da rainha Elizabeth.

A imprensa � a primeira acusada. O irm�o de Diana, o conde Charles Spencer, diz que os jornais t�m sangue nas m�os.

Tensos, os tabloides brit�nicos tentam minimizar os estragos nos dias seguintes, mostrando adora��o por Diana e desviando a aten��o para a monarquia.

"Ela nasceu uma dama. Ela se tornou nossa princesa. Ela morreu como santa", escreveu o Daily Mirror.

- Fervor popular -

O fervor popular cresce. Os f�s esperam at� onze horas para assinar o livro de condol�ncias.

A organiza��o do funeral � complicada. Desde seu div�rcio, Diana n�o era mais tratada como "alteza real" e n�o tinha direito a um funeral de Estado, embora ainda mantivesse o t�tulo de princesa.

No entanto, os brit�nicos exigiram uma homenagem digna de "rainha do cora��o".

- Sil�ncio real -

A desola��o � agravada pelo sil�ncio da Casa Real, que permanece isolada em terras escocesas.

Os jornais expressam indigna��o porque a bandeira brit�nica n�o est� hasteada a meio mastro no Pal�cio de Buckingham e pedem que a rainha retorne a Londres para resolver essas quest�es.

O The Sun pergunta: "Onde est� nossa rainha? Onde est� nossa bandeira?" Segundo o jornal, a aus�ncia da bandeira � "um insulto cruel � mem�ria de Diana".

Finalmente, a fam�lia real deixa Balmoral.

A rainha e o pr�ncipe Philip s�o aplaudidos quando visitam as flores colocadas do lado de fora do Pal�cio de Buckingham. Isso � um grande al�vio nos c�rculos reais.

Elizabeth presta homenagem � ex-nora em discurso ao vivo na televis�o no dia 5 de setembro.

"Se eles (a fam�lia real) n�o prestarem aten��o ao ferimento dela, n�o s� enterrar�o Diana no s�bado, mas tamb�m seu futuro", alerta o jornal The Guardian, enquanto um quarto dos brit�nicos pede a aboli��o da monarquia em uma pesquisa.

- Sil�ncio no cortejo -

No dia seguinte, quase um milh�o de pessoas se re�nem nas ruas para assistir ao cortejo f�nebre em profundo sil�ncio, quebrado apenas por solu�os, l�grimas e toques de sinos.

Enquanto a prociss�o passa pelo Pal�cio de Buckingham, a rainha Elizabeth inclina a cabe�a.

Na resid�ncia real, a bandeira brit�nica � hasteada a meio mastro durante o funeral, seguido por 2,5 bilh�es de espectadores em todo o mundo.

De cabe�a baixa, os pr�ncipes William e Harry caminham atr�s do caix�o, acompanhados por Charles, Philip e Charles Spencer.

Na Abadia de Westminster, a cerim�nia tem 2.000 convidados, incluindo Tony Blair, a primeira-dama americana Hillary Clinton, o tenor Luciano Pavarotti, a ex-primeira-ministra Margaret Thatcher e o ator Tom Cruise.

Elton John adapta sua m�sica "Candle in the wind" com passagens que homenageiam Diana.

� tarde, o caix�o � levado para Althorp, onde fica a casa da fam�lia de Diana.

Ao longo do caminho, as pessoas fazem fila nas estradas e jogam flores no carro funer�rio, algo realmente incomum no Reino Unido.

A princesa � discretamente enterrada em uma pequena ilha, situada em um lago na propriedade da fam�lia.


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