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Estado de Minas WASHINGTON

Biden quer transformar elei��es legislativas em referendo sobre Trump


02/09/2022 18:52

Um referendo sobre Donald Trump e suas ideias "extremistas" em vez de um voto sobre Joe Biden e seus defeitos: � assim que o presidente americano gostaria que seus compatriotas enxergassem as elei��es legislativas de meio de mandato, que renovam a C�mara Baixa e parte do Senado, previstas para novembro.

O democrata de 79 anos, que tem baixa popularidade, embora venha crescendo nas pesquisas, sempre repete: "N�o me comparem a Deus, me comparem � alternativa". Uma forma sutil de dizer que seus defeitos s�o menores se comparados aos de seu principal advers�rio, o ex-presidente Donald Trump.

De fato, Biden atacou seu antecessor e os republicanos "extremistas" em seu discurso de quinta-feira na Filad�lfia, onde classificou os seguidores do MAGA (Make America Great Again, bord�o de Trump) como inimigos da democracia.

Com uma virul�ncia incomum, o presidente proclamou: "Donald Trump e os republicanos do MAGA representam o extremismo que amea�a a pr�pria funda��o de nossa Rep�blica". Os representantes da direita radical "se alimentam do caos. N�o vivem � luz da verdade, mas � sombra da mentira".

- Nem todos s�o uma amea�a -

No entanto, o presidente garantiu nesta sexta-feira que n�o fazia refer�ncia a todos os eleitores de Trump, mais de 74 milh�es de pessoas em 2021. "N�o vejo todos os apoiadores de Trump como uma amea�a para a democracia", declarou Biden a um grupo de jornalistas na Casa Branca.

"As pessoas que votaram em Donald Trump e o apoiam hoje n�o votaram para atacar o Capit�lio, n�o votaram para anular as elei��es", completou.

O The New York Times ofereceu uma an�lise da postura do presidente: "Se perguntarem aos americanos se apoiam o Sr. Biden, � poss�vel que digam que n�o. Se perguntarem se o apoiam contra o Sr. Trump, s� podem responder que sim. Pelo menos essa � a teoria da Casa Branca".

E a Casa Branca tamb�m est� por tr�s da teatralidade do evento na Filad�lfia, onde Biden discursou ao p� do pr�dio onde a Constitui��o americana foi adotada, sob jogos de luz vermelha e sombras profundas, e com dois soldados atr�s do presidente.

O uso destas simbologias para um discurso de campanha foi questionado n�o s� por conservadores.

Um dos porta-vozes da Casa Branca, Andrew Bates, afirmou no Twitter que as falas de Biden s�o "alertas bem fundamentadas" e "tudo menos pol�ticas".

No entanto, ao abordar quest�es como a defesa da democracia e do direito ao aborto, Biden tenta ofuscar os argumentos favoritos usados pela campanha republicana sobre economia e crime.

- Estrat�gia e riscos -

As elei��es de meio de mandato sempre representam um teste para o partido no poder, que nem sempre consegue manter ou aumentar sua posi��o no Congresso.

Para Wendy Schiller-Kalunian, cientista pol�tica da Universidade de Brown, a estrat�gia dos democratas n�o � isenta de riscos.

"Os grupos-chave desta elei��o s�o os simpatizantes republicanos dos sub�rbios residenciais e os eleitores independentes" mais inclinados � direita, analisou.

"Se Biden fizer com que tudo seja sobre Trump, pode dar errado e encorajar este eleitorado a votar" nos republicanos, acrescentou Schiller-Kalunian, professora de assuntos p�blicos e internacionais.

Samuel Goldman, professor de ci�ncia pol�tica da Universidade George Washington, estima que "os eleitores indecisos decidem sobre quest�es espec�ficas como a economia" e que a prioridade de Biden � "galvanizar os apoiadores democratas".

Em suma, Biden enfrenta o mesmo dilema de todos os presidentes americanos: ser ao mesmo tempo chefe de Estado e l�der de um partido.

"Devido � polariza��o ideol�gica, a fragmenta��o da m�dia e a queda da confian�a nas institui��es, � cada vez mais dif�cil desempenhar os dois pap�is ao mesmo tempo", analisou o cientista pol�tico.


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