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Estado de Minas BUENOS AIRES

Grandes manifesta��es repudiam atentado contra Cristina Kirchner na Argentina


02/09/2022 22:56

Dezenas de milhares de pessoas foram �s ruas nesta sexta-feira (2) em Buenos Aires e nas principais cidades da Argentina em rep�dio � tentativa de atentado contra a vice-presidente, Cristina Kirchner, com apelos pela coexist�ncia e o fim da polariza��o pol�tica acentuada.

Com cartazes que diziam "Chega de �dio", os manifestantes ocuparam a Pra�a de Maio, em frente � Casa Rosada, sede da Presid�ncia, em um dos maiores protestos realizados na capital argentina em muito tempo.

Kirchner, l�der da corrente de centro-esquerda do peronismo e duas vezes presidente entre 2007 e 2015, foi atacada na noite de quinta-feira por um homem com uma arma de fogo que n�o disparou, em meio a uma crescente polariza��o ap�s o pedido do Minist�rio P�blico para que ela seja condenada a 12 anos de pris�o e fique ineleg�vel por suposta corrup��o.

"Estou assustad�ssimo de pensar que esse tiro poderia ter sa�do, n�o quero nem imaginar", disse � AFP Emilio Costagiomi, um programador de 55 anos. "Vim para que estejamos unidos nesse momento t�o feio, para abra�ar Cristina e para aplacar os �nimos de todos os lados", acrescentou.

Para o analista pol�tico Carlos Fara, os principais partidos pol�ticos tentar�o "acalmar as �guas".

"Este incidente ocorre ap�s duas semanas de alta tens�o pol�tica. N�o creio que haja nenhum respons�vel pol�tico por isso, mas gera-se um clima que provoca essas situa��es", afirmou � AFP.

A tentativa de magnic�dio foi repudiada pelos principais dirigentes da oposi��o Juntos pela Mudan�a (centro-direita). No s�bado, o Congresso realizar� uma sess�o especial.

Diego Reynoso, cientista pol�tico na Universidade de San Andr�s, considerou que "havia um n�vel de viol�ncia verbal e simb�lica, que agora atingiu o comportamento, se materializou".

"Este fato � um divisor de �guas", disse Reynoso � AFP. Nos �ltimos anos, "a viol�ncia pol�tica nunca havia sido um problema. Havia um consenso c�vico e democr�tico que est� se perdendo, � lament�vel".

O papa Francisco, que j� foi arcebispo de Buenos Aires, expressou sua "solidariedade por este momento delicado" e disse que ora para que "prevale�am a harmonia social e o respeito aos valores democr�ticos".

Os Estados Unidos condenaram "energicamente a tentativa de assassinato" e expressaram seu apoio "ao governo e ao povo argentino no rep�dio � viol�ncia e ao �dio", tuitou o secret�rio de Estado, Antony Blinken.

- Perante a justi�a -

A ju�za Mar�a Eugenia Capuchetti e o promotor Carlos Rivolo, encarregado da investiga��o, tomaram os primeiros depoimentos de Kirchner e uma s�rie de testemunhas, policiais e membros da seguran�a da vice-presidente.

O detido, Fernando Andr� Sabag Montiel, 35 anos, negou-se a responder �s perguntas feitas pela ju�za e pelo promotor do caso, segundo fontes da Justi�a citadas pela imprensa local. Antes, ele foi submetido a exames psicol�gicos, os quais determinaram que ele � imput�vel.

Fernando tem nacionalidade brasileira e � filho de m�e argentina e pai chileno. Reside na Argentina desde 1993. Ele j� havia sido detido em 17 de mar�o de 2021 por porte de arma branca e tem um s�mbolo nazista tatuado no cotovelo.

Para atacar a vice-presidente, o homem se infiltrou entre os militantes que toda noite desde o pedido de sua condena��o a esperam na porta de sua casa para apoi�-la. Os pr�prios seguidores de Kirchner controlaram o agressor, que colocou uma pistola Bersa 380 a cent�metros de seu rosto.

Kirchner, de 69 anos, t�o amada por apoiadores do peronismo quanto detestada por opositores, continua exercendo grande influ�ncia e poder na Argentina, sete anos depois de deixar a Presid�ncia e um antes das elei��es de 2023, sobre as quais ainda n�o demonstrou suas inten��es.

Cecilia Rossi, de 57 anos, que mora na quadra onde vive Kirchner, acredita que se trata de "uma palha�ada para acobertar tudo o que est� acontecendo no pa�s".

- Breve aceno -

Cristina Kirchner n�o se deu conta do ataque na hora, de acordo com seu advogado Gregorio Dalb�n, o qual considerou que a seguran�a dela falhou e acrescentou que "ainda n�o se sabe se foi uma pessoa solit�ria ou se h� algo mais".

At� o momento, a vice-presidente n�o fez nenhuma declara��o. No meio da tarde desta sexta, saiu de sua resid�ncia para ir a um lugar desconhecido. Usando um su�ter rosa e �culos escuros, acenou rapidamente para seus apoiadores.

Na pr�xima semana, ter� in�cio a etapa de argumenta��es da defesa no julgamento de Kirchner e outras 12 pessoas por corrup��o. Estima-se que sua vez ser� no final de setembro.

A vice-presidente j� foi absolvida em v�rios casos, mas ainda enfrenta cinco processos judiciais.


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