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Estado de Minas MUNIQUE

Mem�ria do atentado de 1972 parece distante na antiga cidade ol�mpica de Munique


02/09/2022 10:22
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S�o poucos os dias em que Mechthild Foerster n�o passa em frente � placa que relembra a sangrenta tomada de ref�ns nos Jogos Ol�mpicos de 1972. No entanto, esta habitante da antiga cidade ol�mpica n�o tem a impress�o de "viver em um castelo assombrado".

O local onde os membros da delega��o israelense foram atacados h� 50 anos pelo comando da organiza��o palestina "Setembro Negro" � hoje um charmoso complexo residencial e um bairro muito procurado na capital da Baviera.

Quando ela se mudou para o endere�o da cena da trag�dia, na Connolly Strasse, "n�o era como se eu tivesse a terr�vel sensa��o de ter que viver em um castelo assombrado", diz Mechthild Foerster, uma aposentada de 85 anos.

Nesse complexo de pr�dios, os antigos apartamentos da delega��o israelense onde ocorreu a tomada de ref�ns foram comprados pelo Instituto Max-Planck, que abriga alguns pesquisadores de passagem por Munique. Os apartamentos vizinhos, como o de Foerster, est�o ocupados.

Uma placa, em alem�o e hebraico, lembra os onze israelenses que morreram em 5 de setembro de 1972.

Quando em 1986 conseguiu um apartamento com o marido, a octogen�ria n�o sabia que seria no pr�dio da trag�dia. "N�s descobrimos sobre isso muito rapidamente, com a placa na frente do pr�dio". Mas "a vida continua e as feridas t�m que cicatrizar", afirma.

A partir de 1973, a cidade ol�mpica reformada recebeu seus primeiros habitantes, lembra Foerster, cuja cunhada se mudou para a regi�o naquele ano.

- "N�o moraria em outro lugar" -

O terreno de 40 hectares, anexo ao enorme parque ol�mpico com o dobro do tamanho, est� localizado em um bairro muito mais agrad�vel do que em seus prim�rdios.

"Era muito quente l� dentro, porque no final era apenas um conjunto de cimento, uma esp�cie de montanha que esquenta no ver�o", lembra a moradora.

"Se n�o tiv�ssemos tantas plantas em quase todos os lugares, seria insuport�vel no ver�o. Agora ficou muito bom", explica ela com um sorriso, voltando de suas compras de bicicleta.

A cidade, com suas ruas de paralelep�pedos vermelhos e amarelos e tubos coloridos que guiam os visitantes, � agora um local tranquilo de moradia para aposentados e fam�lias.

Os carros n�o trafegam na superf�cie, porque as vias de circula��o foram concebidas no subsolo.

"Voc� pode deixar as crian�as na frente de casa", conta Charlotte Haupt, m�e de um beb� de 18 meses, que n�o se veria morando com crian�as "em nenhum outro lugar de Munique".

Haupt chegou na cidade ol�mpica como estudante em 2010, dividindo um apartamento, e desde 2016 mora com seu parceiro.

"� uma cidade, mas no sentido positivo do termo. Os moradores se ajudam, dizem 'bom dia' de manh�, se conhecem", descreve.

Claro, admite Tina Wild, uma jovem m�e, "h� bairros mais interessantes e animados" na segunda cidade da Alemanha.

Localizada a pouco mais de seis quil�metros do centro de Munique, cujo mercado imobili�rio � um dos mais caros da Europa, a antiga cidade ol�mpica abriga tamb�m uma resid�ncia universit�ria, com per�odo de acomoda��o limitado a seis semestres.

Essa resid�ncia foi instalada na parte do complexo reservada na �poca dos Jogos Ol�mpicos para atletas femininas, pr�tica que hoje n�o existe mais.


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