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Estado de Minas MUNIQUE

Alemanha e Israel recordar�o o 50� anivers�rio do massacre nos Jogos Ol�mpicos de Munique


02/09/2022 09:33
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Os presidentes de Israel e da Alemanha v�o recordar juntos, na segunda-feira (5), o ataque que matou 11 atletas israelenses durante os Jogos Ol�mpicos de Munique de 1972, dias depois de um acordo ter sido alcan�ado para compensar as fam�lias das v�timas.

Cerca de 70 parentes das v�timas estar�o presentes na cerim�nia organizada por ocasi�o do 50� anivers�rio da dram�tica tomada de ref�ns.

Entre eles, Anike Spitzer, vi�va de Andr� Spitzer, que era t�cnico da equipe israelense de esgrima.

Al�m disso, o Comit� Ol�mpico de Israel enviar� uma delega��o.

O evento, planejado h� algum tempo, corria o risco de terminar em fiasco porque os familiares das v�timas haviam amea�ado n�o comparecer, para expressar sua insatisfa��o com a indeniza��o que a Alemanha lhes havia oferecido.

Mas na quarta-feira foi anunciado que ambas as partes chegaram a um acordo para obter "esclarecimento hist�rico, reconhecimento e compensa��o".

A Alemanha pagar� 28 milh�es de euros de indeniza��o, ou seja, seis vezes mais do que o valor anteriormente concedido.

Com este acordo, o Estado alem�o reconhece sua "responsabilidade e o terr�vel sofrimento daqueles que morreram e suas fam�lias", disseram os presidentes alem�o, Frank-Walter Steinmeier, e israelense, Isaac Herzog, em um comunicado.

"O acordo n�o pode curar todas as feridas", admitiram, embora possa contribuir para uma reaproxima��o.

A cerim�nia acontecer� na base a�rea de F�rstenfeldbruck, a oeste de Munique, ponto alto da tr�gica tomada de ref�ns.

Parentes esperam que Steinmeier se torne o primeiro chefe de Estado alem�o a assumir publicamente a responsabilidade pelas falhas que levaram � carnificina.

- "Incompet�ncia" -

As Olimp�adas de Munique, realizadas quase tr�s d�cadas ap�s o Holocausto, pretendiam mostrar uma nova Alemanha.

Mas, em vez disso, criaram uma profunda divis�o com Israel.

Em 5 de setembro de 1972, oito homens armados do grupo palestino "Setembro Negro" invadiram o apartamento da delega��o israelense na Vila Ol�mpica, matando dois homens e fazendo outros nove ref�ns.

O ex-jogador de handebol da Alemanha Oriental Klaus Langhoff assistiu � cena se desenrolar da sacada em frente.

Ele descreveu os momentos aterrorizantes em que viu os sequestradores carregando o corpo sem vida do treinador de luta livre israelense Moshe Weinberg para a rua.

"Foi horr�vel. Se voc� olhasse pela janela ou da varanda, veria aquele atleta morto ali", disse � AFP.

A pol�cia da Alemanha Ocidental respondeu com uma opera��o de resgate ca�tica, resultando na morte de todos os nove ref�ns em um tiroteio, que tamb�m matou cinco dos oito sequestradores e um policial.

O ent�o chefe de Governo, Willy Brandt, se referiu � cadeia de eventos como um "exemplo perturbador de incompet�ncia" e criou o comando GSG-9, uma unidade de elite, naquele mesmo m�s.

Mas apenas algumas semanas depois, tr�s dos atacantes capturados foram libertados em uma troca, quando terroristas sequestraram um avi�o da Lufthansa em 29 de outubro de 1972, exigindo sua liberta��o.

A partir da�, Israel lan�ou a opera��o "Ira de Deus" para acabar com os l�deres do "Setembro Negro".

Quatro d�cadas ap�s o massacre, Israel divulgou documentos oficiais sobre os assassinatos, incluindo material especialmente desclassificado e o relato oficial de um ex-diretor dos servi�os de intelig�ncia israelense criticando as a��es dos servi�os de seguran�a da Alemanha Ocidental.

A pol�cia "n�o fez o menor esfor�o para salvar vidas humanas", disse o ex-chefe do Mossad, Zvi Zamir, algum tempo depois de retornar de Munique.

Nos anos que se seguiram � trag�dia, os parentes das v�timas lutaram para obter um pedido oficial de desculpas das autoridades alem�s, acesso a documentos oficiais e indeniza��o adequada.

A princ�pio, receberam um milh�o de marcos (cerca de 510.000 como um "gesto humanit�rio", para que n�o parecesse que a Alemanha admitia sua culpa no que aconteceu.

Em 2002, as v�timas receberam outra compensa��o financeira, mas ainda insuficiente.

O governo alem�o admitiu que o acordo de quarta-feira � apenas o come�o de um longo caminho para superar os erros cometidos nas �ltimas d�cadas.

"Ap�s 50 anos, as condi��es foram criadas para encerrar um cap�tulo doloroso em nossa hist�ria comum, reconhecendo-o e lan�ando as bases para uma nova cultura de mem�ria", disse o porta-voz do Executivo alem�o, Steffen Hebestreit, em comunicado.

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