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Estado de Minas LONDRES

Liz Truss assume o governo de um Reino Unido mergulhado na crise


05/09/2022 14:15

A nova primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, assumir� o cargo ap�s um "ver�o agitado", em um momento em que os brit�nicos devem apertar os cintos em resposta � infla��o descontrolada e aos crescentes custos de energia.

"Sofremos um impacto historicamente enorme no custo de vida e na renda", aponta James Smith, diretor de pesquisa do think tank Resolution Foundation.

"A nova primeira-ministra ter� que se concentrar na crise atual desde o primeiro dia", acrescenta.

In�meros setores, de coleta de lixo a advogados, passaram o ver�o convocando greves para exigir aumentos salariais diante da infla��o.

As paralisa��es foram amplamente apoiadas, mas irritaram alguns que enfrentaram cancelamentos de trens e supermercados vazios.

E com a aproxima��o do inverno, muitas casas j� temem na expectativa de um aumento exponencial do pre�o da energia.

"Quase nada parece funcionar no Reino Unido", escreveu a revista The Economist. E acrescentou: "Isso pode piorar".

- Impacto da infla��o -

A infla��o atingiu 10,1% interanual em julho, seu n�vel mais alto em 40 anos, e deve superar 13% at� o final do ano.

Isso causou a maior queda no poder aquisitivo em duas d�cadas, enquanto as pessoas com renda mais baixa pagam proporcionalmente mais por produtos como alimentos b�sicos.

Al�m disso, em outubro, o regulador de energia permitir� que os fornecedores cobrem at� 80% a mais dos consumidores, para refletir os altos pre�os globais no atacado.

O Reino Unido tem algumas das casas mais antigas e menos eficientes em termos energ�ticos da Europa, bem como uma lenta implanta��o de tecnologias verdes.

As fam�lias mais desfavorecidas costumam usar medidores de energia pr�-pagos, que desconectam o fornecimento quando o saldo chega a zero e impedem que os custos de energia sejam distribu�dos ao longo do ano, impossibilitando muitas fam�lias de aquecer suas casas.

"Acho que veremos dificuldades reais e at� mis�ria" neste inverno, adverte Smith.

A Funda��o Resolution prop�s a aplica��o de uma "tarifa social" com desconto de 30% para fam�lias de renda m�dia-baixa.

A Europa tamb�m passa por um grande choque energ�tico e os Estados Unidos est�o vendo a infla��o disparar.

No Reino Unido, "de certa forma, temos o pior dos dois mundos", diz Smith.

A Universidade de York calculou que dois ter�os dos lares brit�nicos estar�o em situa��o de "pobreza energ�tica" em janeiro, ou seja, pagando mais de 10% de sua renda l�quida em energia.

Especialistas alertam para s�rias consequ�ncias.

"Em quest�o de semanas, muito mais pais ser�o confrontados com escolhas imposs�veis entre comer ou se aquecer, mas ainda n�o temos um plano do governo que reconhe�a a urg�ncia ou a escala dessa crise", denuncia Dan Paskins, da ONG Save the Children.

- Protestos e greves -

A multiplica��o das greves durante o ver�o levou a m�dia conservadora a tra�ar um paralelo com a d�cada de 1970, quando greves e protestos se espalharam por todo o pa�s.

No entanto, o Instituto Nacional de Pesquisas Econ�micas e Sociais salienta que "os grevistas de 2022 (...) operam a partir de uma posi��o de fragilidade".

Atualmente, apenas 23% dos trabalhadores s�o representados por sindicatos.

Devido ao Brexit, covid-19 e outros fatores, o mercado de trabalho sofre com escassez de m�o de obra, com menos trabalhadores do que empregos.

Isso afeta especialmente setores como aeroportos, que demitiram pessoal especializado durante a pandemia e agora n�o conseguem contratar novos funcion�rios, o que causou longas filas e a supress�o de in�meros voos.


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