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Estado de Minas RINKEBY

Tiroteios entre gangues pesam nas elei��es de uma 'Su�cia diferente'


06/09/2022 08:46

Os tiroteios entre gangues aumentaram e afetam grande parte da Su�cia, onde as autoridades tentam conter a viol�ncia, tema que virou a maior preocupa��o do pa�s antes das elei��es gerais do pr�ximo domingo (11).

"Este � meu filho, Marley, quando tinha 19 anos", declarou � AFP Maritha Ogilvie, ao mostrar uma foto de um jovem sorridente, uma das v�rias espalhadas por seu apartamento em Estocolmo.

"Ele foi atingido por um tiro na cabe�a quando estava no carro com um amigo", conta a mulher de 51 anos.

O crime ocorrido em 24 de agosto de 2015 em Varbygard, sub�rbio pobre no sudoeste de Estocolmo, nunca foi esclarecido e o caso foi encerrado 10 meses depois.

Assassinatos como este muitas vezes s�o acertos de contas entre grupos rivais, geralmente controlados por cl�s de migrantes, segundo a pol�cia, e cada vez mais acontecem a plena luz do dia.

A viol�ncia � atribu�da a confrontos pelo mercado de drogas e a vingan�as pessoais.

O n�vel de viol�ncia aumentou a tal ponto que a Su�cia, um dos pa�ses mais ricos e igualit�rios do mundo, lidera atualmente a classifica��o europeia de tiroteios fatais.

De acordo com um relat�rio publicado no ano passado pelo Conselho Nacional de Preven��o do Crime, entre 22 pa�ses com dados compar�veis apenas a Cro�cia teve mais tiroteios mortais. E nenhum Estado registrou um aumento mais intenso que a Su�cia na �ltima d�cada.

- Espa�os p�blicos -

Apesar das v�rias medidas adotadas pelo governo social-democrata para conter o avan�o das gangues, incluindo senten�as de pris�o severas e mais recursos para a pol�cia, o n�mero de mortos e feridos continua aumentando.

Desde janeiro, 48 pessoas foram mortas por armas de fogo na Su�cia, tr�s a mais que em todo o ano de 2021.

Ataques com bombas contra casas e carros tamb�m s�o frequentes, assim como o uso de granadas.

Pela primeira vez, o crime supera outros temas relacionados ao bem-estar, como sa�de e educa��o, como a principal preocupa��o dos suecos para as elei��es gerais de domingo.

A viol�ncia antes estava restrita a �reas frequentadas pelos criminosos, mas atualmente afeta espa�os p�blicos, o que gera preocupa��o entre os suecos, acostumados com um pa�s seguro e pac�fico.

Em 19 de agosto, um homem de 31 anos identificado como l�der de uma gangue em Malmo, terceira maior cidade da Su�cia, foi morto a tiros no centro comercial Emporia, meses ap�s o assassinato de seu irm�o.

Um adolescente de 15 anos foi detido pelo crime.

Uma semana depois, uma jovem e seu filho foram feridos por balas perdidas quando brincavam em um parque em Eskilstuna, localidade tranquila de 67.000 habitantes ao oeste de Estocolmo.

A oposi��o de direita, liderada pelo partido conservador Moderados e pelo Democratas da Su�cia, de extrema-direita, promete restaurar a lei e a ordem se chegar ao poder.

Ao mesmo tempo, a primeira-ministra Magdalena Andersson prometeu uma "ofensiva nacional" contra "um flagelo que representa uma amea�a para toda a Su�cia".

- Sociedades paralelas -

Anderson afirma que o aumento dos n�meros da criminalidade se deve ao surgimento de "sociedades paralelas". Ela cita "muita imigra��o e muito pouca integra��o".

Jacob Fraiman, ex-criminoso que trabalha atualmente para ajudar integrantes de gangues a abandonar esta vida, afirma que est� impactado pelo n�vel de viol�ncia.

"Eu sou de outra gera��o, obviamente tamb�m t�nhamos armas, mas n�o era frequente atirar em algu�m", declarou � AFP em Sodertalje, cidade industrial ao sul de Estocolmo.

"Antes voc� atirava nas pernas. Agora dizem para voc� atirar na cabe�a".

Na delegacia de Rinkeby, sub�rbio de Estocolmo, o policial Michael Cojocaru, 26 anos, e seus colegas enfrentam com frequ�ncia uma viol�ncia brutal e apreendem armas, granadas e explosivos.

"� como uma sociedade totalmente diferente (...) outro tipo de Su�cia", comenta.

Analistas atribuem a escalada de viol�ncia a fatores como a segrega��o e as dificuldades econ�micas dos migrantes, assim como um grande mercado paralelo de armas.

Maritha Ogilvie tenta entender a morte do filho. "Ele era um jovem normal", afirma.

"N�o sei como perderam o controle de certas �reas (da sociedade), mas aconteceu", lamenta. "E continua piorando".


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