China registra o m�s de agosto mais quente desde o in�cio dos registros de dados

A China registrou o m�s de agosto mais quente desde o in�cio dos registros de dados, em 1961, ap�s semanas de uma onda de calor sem precedentes que provavelmente se repetir� e amea�ar� as colheitas.

As ondas de calor em pleno ver�o (hemisf�rio norte) n�o s�o raras na China, em particular no oeste �rido e no sul do pa�s.

Mas o pa�s asi�tico enfrenta este ano um clima extremo, agravado pelo aquecimento global, afirmam os cientistas.

No m�s passado, a temperatura m�dia na China foi de 22,4 graus cent�grados, informou o canal estatal CCTV.

O n�mero � 1,2 grau maior que o recorde hist�rico anterior.

Um total de 267 esta��es clim�ticas em todo o pa�s igualaram ou romperam os recordes de calor para o m�s de agosto, segundo a CCTV.

"Neste ver�o, o n�mero de dias de calor foi anormalmente elevado", afirmou o servi�o meteorol�gico � emissora, antes de destacar que os efeitos continuam sendo sentidos.

V�rias cidades importantes registraram os dias mais quentes de sua hist�ria e, devido � falta de chuvas, muitos rios secaram, como o Yangtze, o maior do pa�s.

Desde agosto as temperaturas ca�ram, mas o clima colocou a rede de energia el�trica em uma situa��o delicada porque milh�es de pessoas ligaram o ar condicionado em suas resid�ncias.

V�rias prov�ncias tiveram que racionar energia el�trica, o que afeta gravemente a atividade comercial e as empresas, assim como os h�bitos de parte da popula��o.

A prov�ncia de Sichuan (sudoeste) foi uma das regi�es mais afetadas no m�s passado.

Para economizar energia, a capital da prov�ncia, Chengdu, reduziu a ilumina��o do metr� e desligou os outdoors. Algumas casas tamb�m enfrentam racionamento.

Muitas pessoas passaram a procurar os shoppings ou as esta��es de metr�s em busca de temperaturas amenas.

Agosto tamb�m foi o terceiro m�s mais seco registrado no pa�s, com uma m�dia de chuvas 23,1% inferior ao habitual, segundo o CCTV.

A seca sem precedentes deixa as planta��es em perigo.

"� uma advert�ncia", afirmou um funcion�rio do centro clim�tico chin�s, Zhang Daquan.

A onda de calor "recorda que devemos ter uma compreens�o mais profunda da mudan�a clim�tica e de seu impacto", completou Daquan, citado pelo jornal Di�rio do Povo, �rg�o do Partido Comunista.

Uma fonte do servi�o meteorol�gico chin�s advertiu que as previs�es mostram temperaturas mais elevadas que o habitual na China durante setembro.

A seca � particularmente problem�tica para os cultivos de arroz e soja, que precisam de muita �gua.

No m�s passado, metade do vasto territ�rio da China foi afetada, em maior ou menor medida, pela falta de chuvas.

No atual contexto, o governo anunciou um fundo especial de 10 bilh�es de yuanes (quase 1,5 bilh�o de d�lares) para apoiar os agricultores na luta contra a seca.