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Estado de Minas ZAPORIZHZHYA

Medo de acidente nuclear em maternidade perto de Zaporizhzhia


08/09/2022 08:22

Tr�s dias ap�s o in�cio da invas�o russa da Ucr�nia, Marina sabia que estava gr�vida. Agora, essa mulher de 30 anos e seu marido recebem comprimidos de iodo por medo de uma cat�strofe na usina nuclear de Zaporizhzhia nas proximidades.

"Quer�amos um filho (...), mas n�o sab�amos se fic�vamos felizes ou n�o" ao saber da gravidez, lembra Marina. "Meu marido disse: 'Temos que estar muito felizes. Foi presente de Deus, ent�o tudo vai ficar bem'", acrescenta.

Ela e outras mulheres entrevistadas pela AFP est�o em um hospital de maternidade em Zaporizhzhia, uma cidade sob controle ucraniano a 50 quil�metros da usina nuclear de mesmo nome, ocupada pelos russos.

A usina, a maior da Europa, est� sujeita � preocupa��o internacional ap�s meses de bombardeios, pelos quais Kiev e Moscou se acusam.

Diante de um desastre semelhante ao vivido pela Ucr�nia em Chernobyl, as autoridades locais come�aram a distribuir comprimidos de iodo para ingerir em caso de radia��o.

Mas isso n�o preocupa algumas jovens m�es dessa maternidade.

Valentina, uma professora de 25 anos, deu � luz sua filha h� tr�s dias. Ela admite "ter medo", mas tenta "n�o pensar nisso, para estar em um estado psicol�gico normal para amamentar".

J� Anna, uma mulher de 23 anos que trabalha em uma academia, subestima "os rumores" de uma poss�vel cat�strofe nuclear.

"Eu n�o acho que algo s�rio possa acontecer. Tudo vai correr bem", afirma dias ap�s o nascimento de seu filho Maxime.

O hospital fica dentro do raio de 50 km da usina e seria rapidamente contaminado em caso de acidente, segundo os m�dicos presentes. E por esse motivo, � preciso se preparar.

"Recebemos todas as recomenda��es do governo necess�rias, al�m de medicamentos para radia��o", diz Larisa Gusakova, pediatra especializada em neonatologia de 59 anos.

A R�ssia "deve se lembrar de Chernobyl, como foi terr�vel", afirma Natalia Soloviiova, uma ginecologista de 30 anos, que pede "bom senso" dos l�deres ucranianos e russos.

Cerca de cinco crian�as nascem no hospital todos os dias. Ap�s o in�cio da ofensiva russa, a institui��o preparou um ref�gio no subsolo que abriga uma sala com camas para m�es e incubadoras para beb�s.

"Foi muito dif�cil no come�o. V�rias vezes tivemos que levar as mulheres (para o abrigo) logo ap�s o parto", diz Gusakova.

Mas em alguns meses, a guerra se tornou parte da vida da maternidade.

At� um beb� foi batizado Javelina, em homenagem aos m�sseis "Javelin" que se tornaram um s�mbolo da resist�ncia ucraniana, explica a pediatra.


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