O argentino recebeu no Vaticano empres�rios membros da principal confedera��o patronal, a Confindustria, e insistiu na necessidade de compartilhar as riquezas.
Uma forma de dividir as riquezas, "muito importante no mundo moderno e nas democracias, � por meio dos impostos, mas � frequentemente incompreendida", declarou o papa a cinco mil empres�rios e suas fam�lias.
"O pacto fiscal est� no cora��o do pacto social. Os impostos s�o tamb�m uma forma de compartilhar a riqueza para que esta se converta em bens comuns e p�blicos como educa��o, a sa�de, os direitos, os cuidados, a ci�ncia, a cultura e o patrim�nio", continuou.
"Certamente, os impostos devem ser justos, equitativos e fixados em fun��o da capacidade contributiva de cada um, como exige a Constitui��o italiana", afirmou Francisco.
Salvini e Berlusconi fizeram da taxa �nica ("flat tax") um de seus principais cavalos de batalha para as legislativas de 25 de setembro.
O papa, que regularmente defende um acesso mais igualit�rio � riqueza, n�o fez alus�o � situa��o pol�tica italiana com vistas �s elei��es e n�o mencionou nenhum nome.
Na It�lia, onde a evas�o fiscal � estimada em cerca de 100 bilh�es de d�lares ao ano, a Constitui��o afirma que "todos os cidad�os devem participar do gasto p�blico conforme sua capacidade de contribuir" e que o sistema fiscal deve respeitar "crit�rios de progressividade".
Mas Salvini n�o perde a oportunidade de apresentar a taxa impositiva �nica de 15% como rem�dio milagroso para reduzir a evas�o fiscal e reativar a economia da pen�nsula, enquanto que para Berlusconi a melhor seria de 23%.
Seus cr�ticos consideram que a taxa �nica refor�a a desigualdade e reduz os ingressos fiscais do Estado.
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