
No primeiro turno das elei��es presidenciais neste domingo, a lista de adere�os foi longa e original: batom ou �culos vermelhos "para simbolizar a uni�o" com o Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula ou roupas com as cores patri�ticas do Brasil, em apoio a Bolsonaro (PL).
"N�o tem voto secreto, n�o tem como ter, ta muito na vista", disse Debora Mattos, 45 anos, � AFP depois de votar em uma escola em frente � praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. "Ou voc� tem uma camisa verde e amarela ou vermelha".
Mattos vestiu uma camisa com o desenho da bandeira brasileira e uma camiseta branca amarrada na cintura que dizia "Bolsonaro presidente".
"� importante, � uma manifesta��o n�o apenas partid�ria, � popular", afirmou Denise Alves, de 37 anos, que usava um vestido vermelho e um adesivo da campanha de Lula.
A lei permite expressar suas prefer�ncias de forma "individual e silenciosa": � permitido usar camisas dos candidatos, broches e adesivos, contando com que n�o haja distribui��es ou que n�o fomentem aglomera��es.
Nas filas dos centros de vota��o no Rio, em S�o Paulo e Bras�lia, milhares de eleitores decidiram divulgar seu voto.
Bolsonaro votou com uma camisa verde e amarela, em linha com o apelo que fez esta semana aos seus apoiadores para que vistam as cores nacionais, que seus simpatizantes atribu�ram a eles nos �ltimos anos, para desestimar as pesquisas que colocam Lula em vantagem.
Em uma rua de Copacabana, dois homens se cumprimentaram com o polegar para cima, em um sinal de 'joinha': vestiam o uniforme da sele��o, portanto sabiam que compartilhavam o voto.
Juliana Trevisan, de 32 anos, tamb�m vestia uma camisa verde e amarela... mas com o rosto de Lula, "para quebrar" os moldes. Por precau��o, ela tamb�m usava um su�ter vermelho, mesma cor de suas unhas e batom.
Gis�lia Barros de Freitas, m�dica paulista de 63 anos, n�o deixou nada ao acaso: usava um bon� amarelo com a palavra Brasil", o qual ela combinou com uma camiseta do mesma cor e um len�o 'verde-amarelo'.
"Recuperamos o nosso patriotismo, voltamos a valorizar o 'verde e amarelo'", afirma.
J� Marcio Lessa, 59 anos, optou pelo branco no Rio. "Tenho medo que a extrema direita me agrida", disse ele em meio a den�ncias de viol�ncia durante a campanha. Com a m�o, timidamente forma um 'L': vota em Lula, mas n�o grita aos quatro ventos.